EDITORIAL
NOV/2000
No editorial do mês passado insistimos
na idéia de trabalharmos para um turismo regionalizado e sendo
assim lembro aos queridos leitores de que tudo já está
a nossa disposição, graças a grande obra divina
que nossa região ganhou, que são essas belezas naturais
aqui presentes. A beleza natural da serra de São José
em Tiradentes não pode ser esquecida, num momento em que muito
se fala no turismo ecológico, tanto procurado pelos turistas.
Que tal um programa atravessando a serra, partindo do Cascalho em Santa
Cruz de Minas, curtindo os poços de água límpida
no cume da serra e prosseguindo a caminhada sairemos no balneário
de Águas Santas, onde tomaremos duchas ou banho de piscina? Que
tal um passeio de barco na represa de Camargos com parada para pescaria
ou natação e almoço num hotel fazenda da região?
Que tal um passeio para compras de objetos de couro em Prados ou Dores
de Campos, artesanato têxtil de Resende Costa e a cachaça
de Coronel Xavier Chaves? Quando se fala em turismo regional, em primeiro
lugar tem-se que montar uma infra-estrutura mínima para receber
os turistas, treinar os recursos humanos que com eles lidarão,
montar os pacotes turísticos e divulgá-los para as principais
agências de turismo do país.
Foi inaugurada no dia 19 próximo
passado, a Policlínica de Matosinhos com a presença da
Secretária de Estado da Ação Social Maria Lúcia
Cardoso, presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais
Anderson Adauto, Deputado e futuro prefeito de São João
Del Rei Nivaldo de Andrade, atual prefeito Carlos Braga, Diretor do
DER-MG Dr. Flávio Menicucci, Secretário de Saúde
de São João Dr. Carlos Guilherme de Abreu, que muito agradeceu
ao Deputado Manoel Costa, pela verba estadual destinada à construção
da policlínica quando este era Secretário de Saúde
do Estado de Minas Gerais, vereadores que deixarão a Câmara
e os novos vereadores eleitos, além de autoridades locais e diretores
de órgãos classistas. Parabéns a todos que contribuíram
com esta importante obra.
O jornal "O GRANDE MATOSINHOS"
publicou na edição de janeiro/2000, sessão de CARTAS,
a necessidade premente de canalização do Córrego
da Galinha e os problemas que um muro de arrimo feito com pneus de caminhão
à beira do córrego e da avenida Josué de Queiroz
causariam ao local. Não deu outra, com a primeira chuva os pneus
desmoronaram-se, ajudaram a entupir o córrego, obrigando ao DAMAE
sanar o problema e arcar com os custos. Se o DAMAE ou a prefeitura julgam
não terem dinheiro, apesar dos impostos no Brasil serem um dos
mais altos do mundo e, a prefeitura de São João arrecadar
cerca de R$ 2 milhões por mês, o que no mínimo cobramos
é fiscalização, pois na prefeitura existem empregados
pagos para isso e, no entanto fazem vistas grossas a invasões
de lotes, invasões de passeio público e ruas, por residências
e construções clandestinas de trailler, barracas e residências.
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EDITORIAL
DEZ/2000
Dia 16 de novembro recebemos a visita do
Exmo Sr. Secretário de Estado do Turismo, Deputado Manoel Costa,
por convite do Dr. José Egídio de Carvalho, presidente do
CDL-del Rei, em parceria com ACI-del Rei, Sindcomércio e ASMAT.
No encontro que ocorreu na sede da ACI-del Rei, estiveram também
o subsecretário do Turismo Dr. Antônio Henrique Borges Paula,
representantes de diversas entidades de classe e ONG's, tais como; IHG,
FUNREI, Arte e Cultura, Hotéis e Pousadas e Secretaria da Educação.
Manoel Costa colocou a Secretaria de Turismo
à disposição de São João Del Rei e
demais cidades vizinhas, informou que criou a Trilha dos Inconfidentes,
cuja sede é São João Del Rei, formada ainda pelas
cidades de Barbacena, Barroso, Coronel Xavier Chaves, Dores de Campos,
Entre Rios de Minas, Lagoa Dourada, Prados, Resende Costa, Ritápolis,
Santa Cruz de Minas, São Tiago e Tiradentes. Enfatizou que estas
cidades poderão criar programas turísticos isolados, obedecendo
à cultura e as condições de cada uma, porém
inseridas no contexto da Trilha dos Inconfidentes, obedecendo aos estatutos
desta, a fim de conseguir financiamentos e apoio logístico. Por
falar em apoio logístico, gostaríamos desde já agradecer
a interveniência do Dep. Eliseu Resende ao facilitar a colocação
de uma grande placa indicativa da Trilha dos Inconfidentes, na área
de domínio do DNER, no trevo de Murtinho.
Segundo o Dep. Manoel Costa, cabe ao poder
público organizar e controlar os destinos da Trilha dos Inconfidentes,
mas cabe ao investimento privado; o receptivo, a exploração
de hotéis e restaurantes e os meios de lazer.
Toda população de São
João Del Rei anda indignada com os resultados da obra orçada
em R$ 600.000,00, referente ao emissário de esgoto ao longo do
Córrego do Lenheiro. Há preocupação quanto
a sua finalidade, bem como quanto ao valor de R$ 100.000,00 de contra-partida,
obrigação declarada e devida pela prefeitura de São
João Del Rei, ao assinar o convênio com a FUNASA. Se a prefeitura
de São João Del Rei não investir os R$ 100.000,00
de contra-partida, significa que ela vai estar inadimplente com o governo
federal e assim sendo, impedida de receber quaisquer recursos federais
daqui por diante. Esperamos que tanto a FUNASA quanto o Deputado Aécio
Neves, patrocinador da verba, façam auditagem físico-financeira
nesta obra. Esta é também mais uma das irresponsabilidades
do prefeito Carlos Braga e de parte do seu secretariado.
Finalizando, diretores e associados da
ASMAT desejam a todos boas festas e um feliz natal.
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EDITORIAL
JAN/2001
São João Del Rei tem
novo executivo e legislativo a partir deste mês. Nivaldo Andrade,
foi eleito com 60,95% dos votos, contra 36,81% do seu maior opositor.
Nestas eleições votaram 57.181 eleitores, contra 56.903
em 1998, um aumento de 0,49%. Nivaldo tem tudo para repetir a grande administração
que fez de 1992 a 1996 no tocante a obras, e, melhorar ainda mais os resultados
na área de turismo, saúde, educação e cultura.
Temos notícias de que os novos secretários escolhidos por
Nivaldo já estão trabalhando antes mesmo de tomar posse.
Na área de turismo, vários contatos têm sido feitos,
tais como; secretaria de Estado do Turismo, Diretoria da Rede Globo Minas,
encontro com grupos de idealizadores de São João Del Rei,
reuniões com AESBRA (Associação de Escolas de Samba
e Blocos) para definir o carnaval de 2001 e muitos outros encontros com
associações de classe, entidades públicas e privadas
e ONG's.
A grande preocupação atual
na área do turismo é conseguir a concessão do complexo
ferroviário São João/Tiradentes e a elaboração
de novos planos para o turismo de negócios e de lazer, com a divulgação
dos eventos a nível nacional. Com isso ganha o nosso comércio,
industria e serviços, principalmente na área de hotéis,
restaurantes, artesanato, estanho, madeira e metais.
Quanto ao legislativo, temos muita esperança
nestes novos edis, principalmente quanto aos seus verdadeiros papéis
que é de legislar e fiscalizar. Leis que possam tematizar o centro
histórico de São João Del Rei, tais como; placas
estilizadas nas fachadas das lojas do tipo do filme "Amor e Cia",
roupas típicas da época áurea de São João,
também fazem o delírio dos turistas que são sem sombra
de dúvidas o maior cliente de São João Del Rei. Nossa
cidade já nasceu pronta quanto ao aspecto de beleza natural, histórico
e de seu povo festivo e receptivo. Temos dois macro destinos; o turismo
e a educação, este último através da FUNREI
e do recém criado IPTAN.
Cabe também aos vereadores, fiscalizar
o que eles próprios aprovaram. Por exemplo; é inconcebível
o tráfego de caminhões pesados no centro histórico,
a invasão de barracas, trailler's e camelôs no centro histórico
e demais praças da cidade e a distribuição de panfletos
que sujam a cidade.
Enfim, cabe também ao povo colaborar
na limpeza e no embelezamento da cidade, que é a sua verdadeira
grande casa. Parabéns aos que adotaram as praças e jardins
da cidade, porém temos muitos outros logradouros a serem cuidados,
como por exemplo o canteiro central da rua da Prata.
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EDITORIAL
MAR/2001
Na
quarta feira dia 07/02/2001 o Secretário de Estado do Turismo,
Deputado Manoel Costa, em entrevista a Rede Globo Minas, Jornal Bom Dia,
disse que a Fundação Vale do Rio Doce, iria financiar a
recuperação do trecho ferroviário BHTE/Mariana, num
percurso de 147 Km, entre outros. A Fundação Vale do Rio
Doce é a mesma Fundação que, provocada pelo projeto
de restauração da Estação Ferroviária
de Chagas Dória, elaborado pela ASMAT, marcou visita ao complexo
ferroviário São João/Tiradentes, juntamente com diretores
da FCA (Ferrovia Centro Atlântica), para o dia 16/06/2000 e que
por injunções políticas foram impedidos da visita,
48 horas antes, pelo ex-prefeito Carlos Braga, alguns de seus assessores
e alguns dos diretores da Fundação Municipal Oeste de Minas.
Pois bem, quando já poderíamos estar na frente com relação
à execução do projeto de recuperação
de todo nosso complexo ferroviário, eis que, mais uma vez, surgem
pessoas que dizem trabalhar para a nossa cidade, para impedir o nosso
desenvolvimento turístico, paisagístico e econômico,
dando provas de uma incomensurável falta de patriotismo. Estas
pessoas sabem o mal que fizeram para a nossa cidade e região e
devem ser responsabilizadas por este ato de traição.
No dia 16/02/2001, o jornalista, historiador,
radialista e teatrólogo Luis Bonifácio da Silva, acompanhado
do cronista social Xodó, promoveram uma inesquecível noite
de gala, ao agraciar com o diploma de honra ao mérito personalidades
notáveis do Bairro das Fábricas. Naquela noite foi lembrada
entre outras coisas, o impulso industrial de São João Del
Rei, implementado pelas fábricas de tecidos instaladas no bairro,
entre elas a "Sanjoanense", fundada em 1891, do importante Cortume
de Couros Tortoriello, da Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Pedagogia,
Ciências e Letras, a qual passou a funcionar em 10/03/1954, da estrada
de ferro que cortava a Avenida Leite de Castro ao meio, aliás,
Francisco Leite de Castro foi um dos diretores da Oeste de Minas, presidente
da Câmara dos Vereadores de São João Del Rei e Deputado
Federal. Esta citada estrada de ferro que fazia o percurso São
João/Oliveira/Divinópolis, foi construída com os
esforços do povo oliveirense, que queria estar ligado ao importante
centro industrial e de abastecimento que era São João Del
Rei. Não poderia ser esquecido também o glorioso América
Recreativo e Futebol, fundado em 14/04/1943. Parabéns ao Bairro
das Fábricas, aos agraciados e aos promotores.
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EDITORIAL
ABR/2001
Por diversas vezes fomos perguntados para
que existe, qual é a finalidade e para quem trabalha o jornal "O
Grande Matosinhos". Imediatamente respondemos o que consta em ata
de reuniões da ASMAT, que o nosso singelo jornal existe para divulgar
e reivindicar assuntos de interesse da Associação dos Moradores
e Amigos do Grande Matosinhos, sua finalidade é ser o veículo
de comunicação, que leva ao povo, aos administradores públicos
e demais autoridades municipais, assuntos de interesse do bairro, em especial,
e da cidade, no geral. Quando estamos voltados para assuntos de interesse
geral da cidade, é porque estamos inseridos numa administração
municipal em que qualquer bairro vai depender da situação
e performance de toda uma cidade, senão vejamos; a qualidade de
vida dos cidadãos vai depender do transporte coletivo, do atendimento
público, dos serviços de saúde, educação,
cultura, laser e de empregos que podem estar em qualquer bairro. Finalmente
o jornal "O Grande Matosinhos", trabalha especialmente para
os moradores do Grande Matosinhos, que compreende dez outros bairros,
vilas e comunidades e, no geral, para toda a população de
São João Del Rei e região. O lema do nosso jornal
é falar sempre a verdade. Elogiamos quando temos de elogiar e criticamos
e cobramos quando temos de criticar e cobrar. Nossas críticas sempre
visam o crescimento, a melhoria da qualidade e a democracia. Somos patrocinados
pelos nossos imprescindíveis anunciantes, aos quais muito agradecemos.
Vamos continuar nesta linha, porque somente assim iremos contribuir com
a administração pública e ajudar ao povo.
Nos dias 7 e 8 de abril de 2001 será
realizada importante Conferência Municipal de Saúde e serão
eleitos os novos membros do Conselho Municipal da Saúde. Vamos
democratizar e desburocratizar a saúde.
Os jornais de todo país estão
divulgando a nossa tradicional Semana Santa. Esperamos com muito anseio
as cerimônias deste ano, principalmente porque vai estar aberta
nossa monumental e sacra igreja de São Francisco de Assis.
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EDITORIAL
MAI/2001
Gostaria que me explicassem porque o Dia
de Tiradentes é comemorado na cidade de Ouro Preto e não
na cidade de São João Del Rei, sua terra natal. O próprio
mártir nacional confessou nos autos da devassa, que nasceu na Fazenda
do Pombal, naquela época pertencente à Vila de São
João Del Rei, hoje pertencente à cidade de Ritápolis.
Ademais, foi na cidade de Ouro Preto que aconteceram algumas inquisições
e até mesmo decisões pessoais do governador Visconde de
Barbacena que selaram o destino fatal dos inconfidentes e sufocaram a
idéia de se transformar o Brasil em nossa nação.
Não entendo também porque o Dia da Inconfidência é
comemorado em Ouro Preto, onde até mesmo o governador transfere
a capital para lá.
O próprio governo do estado, através
da Secretaria de Turismo, criou a Trilha dos Inconfidentes, a qual é
delimitada pela região das Vertentes e sua sede é a cidade
de São João Del Rei. Na nossa região, além
de Tiradentes, nasceram também os inconfidentes Coronel Francisco
Antônio de Oliveira Lopes, seu irmão Pe. José Lopes
de Oliveira, Domingos Vital Barbosa, Cel. José Aires Gomes, José
de Resende Costa Pai, José de Resende Costa Filho e Vitoriano Veloso.
Também aqui viveram Pe. Toledo, seu irmão Luis Vaz de Toledo
e Alvarenga Peixoto. A idéia do levante foi oficializada aqui na
região, na casa do Pe. Toledo, em Tiradentes, quando do batizado
do filho de Alvarenga Peixoto. Vamos reagir???
Inicia-se no dia 25 de maio a já
famosa e resgatada Festa do Divino da Paróquia do Senhor Bom Jesus
de Matosinhos. Esta é uma festa de toda nossa região, trazida
pelos portugueses que aqui moravam, os mesmos devotos que eram do Senhor
de Matosinhos. Nesta edição encontra-se o Informativo da
Festa do Divino, com dados históricos e cronograma.
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EDITORIAL
JUN/2001
Não poderíamos deixar de
falar sobre a Festa do Divino Espírito Santo de Matosinhos, cujos
principais eventos religiosos e profanos acontecem neste final de semana,
dias 1, 2 e 3 de junho. Esta festa, na realidade não é somente
de Matosinhos, mas de toda região de São João Del
Rei, realiza-se no Bairro de Matosinhos, porque quem a trouxe eram devotos
do Senhor Bom Jesus, vindos de Portugal.
Como antigamente aqui no Brasil, lá
na cidade de Matosinhos, em Portugal, comemora-se até hoje, o dia
do Senhor de Matosinhos em conjunto com o Divino Espírito Santo.
Tudo indica que a Igreja Católica Apostólica Romana, no
Brasil, preocupada com o destaque do lado profano da festa do Divino,
fez com que as autoridades eclesiásticas suprimissem a festa, como
aconteceu no Bairro de Matosinhos, e desvinculasse uma da outra. Felizmente,
hoje, a igreja, inteligentemente, aproveita a freqüência sadia
dos fiéis, para pregar o evangelho imprescindível a todos
nós.
A verdade é que não podemos
deixar de resgatar o lado festivo, folclórico, artístico,
cultural e histórico da festa, já que o homem não
é uma ilha, vive de tradições e quem não conhece
sua história, não sabe de onde veio e nem para onde vai.
É um homem sem identidade.
Entendo que alguma coisa pode ser mudada
na festa, para atender a evolução das coisas e o progresso
natural, impossível de ser estancado. Por exemplo; naquela época,
para acompanhar a procissão do imperador perpétuo, Santo
Antônio, que sai da igreja de São Francisco, o meio mais
fácil de locomoção era a cavalo, hoje substituído
pelo automóvel, motocicleta e bicicleta. Os números artísticos
tais como; cavalhada, lutas entre mouros e cristãos, hoje praticamente
não existem mais, são substituídos por shows de palco,
etc.
O dia maior da festa, 3 de junho, coincide
com o dia de Pentecostes, 50 dias após a páscoa, dia da
descida do Divino Espírito Santo sobre os apóstolos. A solenidade
de Pentecostes sempre foi um dos grandes momentos de fé, de crescimento
espiritual e comunitário. Devemos aproveitar estes momentos para
mantermos viva a fé, o amor e a união do nosso povo e também
despertar em todos nós a consciência da importância
da preservação de verdadeiros valores culturais da nossa
gente.
Divino Espírito Santo descei sobre
nós. Iluminai nossos caminhos e nossas cabeças para termos
forças para carregarmos nossas cruzes.
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EDITORIAL AGO/2001
Feliz da região que possui uma FUNREI
(Fundação de Ensino Superior de São João Del
Rei). Acabo de participar do Seminário "A Qualificação
Profissional em Cultura e Turismo para Conselhos e Organismos Municipais",
inserido na programação do Inverno Cultural. Diga-se de
passagem excelente ferramenta para se criar e implantar atrativos turísticos
nas cidades da nossa região. Infelizmente nem todas as cidades
da região mandaram representantes, mesmo as inscrições
sendo totalmente gratuitas. Lá se falou do turismo sustentável,
ou seja; aquele que é sustentado com os atrativos da própria
cidade. Muito inteligentemente os organizadores do Seminário montaram
grupos de trabalho, compostos por diversificada gente, inclusive do meio
rural. Depois de ouvirem especialistas do ramo falarem sobre artesanato,
preservação de Ecossistemas, fazendas antigas, agricultura
orgânica rural, indústria caseira e muito mais, os participantes
tiveram mais recursos para montarem suas idéias e seus programas.
Tudo isso fica ainda mais fácil, quando é apoiado pelos
grandes projetos turísticos da Secretaria de Estado do Turismo,
tais como; - Trilha dos Inconfidentes, Estrada Real, Fazendas Mineiras,
Ecolago e cidades temáticas, sobre os quais falou-se nos mínimos
detalhes e o que é mais importante, a SETUR-MG, facilitando e orientando
a implantação desses projetos. Participaram dos grupos de
trabalho, representantes das cidades de São João Del Rei,
Barroso, Ritápolis, Coronel Xavier Chaves, Conceição
da Barra e Lagoa Dourada. O Seminário contou também com
ilustres visitantes das cidades de Poços de Caldas, Barbacena,
Ouro Preto, Belo Horizonte e São Paulo.
Outra grande colaboração
que o festival deu para a região são as oficinas com média
de 40 horas aula ao custo médio de R$20,00, treinamento esses que
se realizado fora do festival pagar-se-ia no mínimo R$200,00.
Este ano a FUNREI disponibilizou 52 oficinas, 2 seminários, 18
eventos de música erudita, 20 de música popular, 7 exposições,
18 artes cênicas, 10 sessões de cinema e vídeo, 4
lançamentos de livros, 1 observação de astronomia,
1 parede artificial de escalada esportiva e 1 rapel.
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EDITORIAL
SET/2001
No dia 31/08/2001 a ASMAT (Associação
dos Moradores e Amigos do Grande Matosinhos) completou dois anos de efetiva
existência. Nestes dois anos criamos o jornal "O GRANDE MATOSINHOS"
editado 23 vezes ininterruptamente, através do qual reivindicamos
obras junto à prefeitura, emitimos opiniões em defesa da
população do Grande Matosinhos, de São João
Del Rei e região, abrimos espaço para publicações
gratuitas de entidades beneficentes, divulgamos projetos explícitos
para melhoria do Grande Matosinhos e região, como foi o projeto
da Estação de Chagas Dória e seu entorno (ed. 09,
jul/2000), projetos do Pronto Socorro e Sersam (ed. 12, out/2000), cobrança
insistente da verba de 37 mil reais para a implantação da
Policlínica de Matosinhos (ed. 05, mar/2000), cobrança de
diversas obras inacabadas, tais como a ponte para a Escola do PIO XII,
asfaltamento da rua Amaral Gurgel, abertura da Avenida Sete de Setembro
com Jesus Silva, atrás da Matriz de Matosinhos, asfaltamento de
diversas ruas e muito mais. Encaminhamos recentemente 25 reivindicações
ao Senhor Prefeito Municipal, secretário de obras, Diretor geral
do DAMAE e vereadores, quanto à prioridade de obras indicadas pelas
lideranças do Grande Matosinhos. Estamos atualmente reivindicando
prioridade para a implantação do PSF (Programa da Saúde
da Família) no Grande Matosinhos e trabalhando para o embelezamento
e organização da Praça de Matosinhos.
Começa dia 05 de setembro e vai
até o dia 14, o Jubileu Do Sr. Bom Jesus de Matosinhos que neste
ano, além das cerimônias religiosas, vem acompanhado de diversas
atividades recreativas e culturais. Acompanhe nesta edição
a programação dos eventos do Jubileu e a verdadeira história
do Senhor de Matosinhos.
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EDITORIAL
OUT/2001
2001 foi escolhido como o ano internacional
do voluntariado. Os sócios da ASMAT, ou seja; aqueles que preencheram
o cadastro de associado, são denominados nos estatutos da nossa
entidade como "sócio voluntário", exatamente para
configurar a intenção de ajuda, colaboração
e prestação de serviços voluntários. No Brasil
o número de voluntários é muito pequeno, se comparado
com países do primeiro mundo e o quadro torna-se ainda mais deprimente
se analisarmos que aqui o trabalhador aposenta muito cedo. Muitos dos
nossos aposentados preferem freqüentar diariamente mesas de jogos
e botequins, a prestar serviços para instituições
de caridade, associações de bairro, igrejas ou agremiações.
Por exemplo; para ajudar a ASPD (Associação São-joanense
de Portadores de Deficiência), que esteve fechada por estes últimos
meses e reabriu no mês de agosto pp. ainda capenga para continuar
funcionando e para resolver difíceis e caros problemas de dívidas
trabalhistas, necessariamente não precisa ser deficiente físico.
Solicitados que fomos para intermediar a situação da ASPD
pelo atual presidente e por um membro do Conselho Fiscal, demos o nosso
parecer e o assessor jurídico da ASMAT se colocou à disposição,
mas até o fechamento deste editorial parece que o novo grupo dirigente
da ASPD dispensa a ajuda do nosso advogado e é contrário
ao nosso parecer, o qual pode ser lido na seção de cartas
na página 2.
No dia 02 de setembro pp. tivemos eleições
para a nova diretoria da ASMAT e como não apareceu nenhuma chapa
concorrente, a única chapa registrada foi eleita por mais dois
anos, sendo os elementos que dirigirão os destinos da ASMAT até
2003 os citados no expediente desse jornal. Nestes dois últimos
anos reivindicamos e enfrentamos todos os problemas trazidos para nós,
às vezes com sucesso, às vezes com insucesso, ou ainda pendentes.
Conseguimos fechar o balanço da última gestão com
um saldo aplicado em poupança no valor de R$1.768,73 (Um mil setecentos
e sessenta e oito reais e setenta e três centavos).
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EDITORIAL NOV/2001
Do dia 04 a 08 de outubro uma carreta transportando
uma peça de moinho, fabricado na Usimec da cidade de Ipatinga,
para uma fábrica de cimento em Ijaci, cidade próxima a Lavras,
tumultuou o trânsito no bairro de Matosinhos. Por cinco dias outras
carretas, cegonheiras, carros, ônibus urbano, interurbano e de turistas
tiveram que se virarem para conseguir atravessar o bairro, além
de arrebentarem cabos de telefone e de energia elétrica. É
o que sempre falamos, o trânsito do Grande Matosinhos é com
todo o respeito, comparado ao da Índia, onde vacas, motocicletas,
bicicletas e demais veículos se misturam com o povo e com outros
animais. O pior é que um abaixo assinado já foi entregue
na administração passada ao Sr. Waldomiro Carazza, responsável
pelo trânsito em nossa cidade e até hoje nada foi feito com
exceção da pintura de faixas, que na realidade são
desrespeitadas, constituindo uma afronta para quem o fez e para a vigilância
de quem deve coibir infrações de trânsito. Já
dissemos por dezenas de vezes, que o trânsito da Av. Josué
de Queiroz só se resolve com mão única. Vamos ver
quem vão ser os responsáveis pelas futuras mortes no trânsito
do Grande Matosinhos.
No dia 17 de outubro às 10:30 horas
fui estacionar meu veículo na avenida Tancredo Neves defronte ao
número 281A, espaço delimitado por placas de estacionamento
rotativo. Enquanto preparava para dar marcha ré, um mototaxista
ignorantemente estacionou na vaga que eu ia estacionar meu veículo,
bem no meio do espaço, ocupando com uma moto o espaço de
um carro e disse-me que aquele era local reservado para as motos da Del
Rei Mototaxi. Depois de muito bate boca fui embora pensando que se houvesse
um código de postura atualizado, se houvesse uma rígida
fiscalização por parte da prefeitura municipal e dos vereadores,
tudo isso poderia ser evitado. Agora pergunto: Será que a administração
pública forneceu alvará para empresa de mototaxi trabalhar
no já tumultuado trânsito da Av. Tancredo Neves? Se não
bastassem as barracas de lonas amarelas no meio dos jardins da principal
avenida de São João, agora teremos que conviver com mototaxi
tumultuando o trânsito e também ocupando vagas de estacionamento
rotativo? Meus caros administradores, o erro é humano e só
erra quem trabalha, porém, o maior erro é permanecer nele.
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EDITORIAL
DEZ/2001
Estamos no final do ano de 2001. Muita
coisa boa aconteceu neste ano na nossa cidade, mas poderia ser ainda melhor.
Nosso prefeito Nivaldo asfaltou dezenas de ruas, retirou o assoreamento
do córrego do Lenheiro, a Funrei instalou novos cursos e com isso
criou novos empregos e irá receber novos alunos que gerarão
novas receitas para nossa cidade, tivemos boas notícias referentes
ao nosso parque de exposições, ou parque do trabalhador,
conseguimos verba para a reforma do nosso teatro municipal, melhoria da
atuação da Câmara Municipal, aprovando projetos de
leis municipais do interesse público e fiscalizando mais, bem como
democracia na escolha do presidente do Conselho Municipal de Saúde.
No Grande Matosinhos tivemos o embelezamento da entrada da cidade via
trevo do Elói, desobstrução da Av. Sete de Setembro
com Jesus Silva, atrás da matriz de Matosinhos, crescimento da
Festa do Divino com a presença do cantor Chico Lobo que deu show
na festa para cerca de 10.000 pessoas e muitas outras realizações
que no momento fogem da lembrança do limitado editor.
A falta de prioridade na reforma da estação ferroviária
de Chagas Dória por parte da FCA (Ferrovia Centro Atlântica)
foi um fato lamentável, mas que com a ajuda do povo, do prefeito
municipal e do repensar da própria FCA, este nosso rico patrimônio
histórico e arquitetônico ainda poderá ser recuperado,
pois é inadmissível que num belíssimo e bucólico
trajeto ferroviário de São João a Tiradentes, o turista
veja imagens tão deploráveis como as da estação
de Chagas Dória e seu entorno e a própria população
do Grande Matosinhos fique sem um espaço cultural e sem a prestação
de serviços públicos como, por exemplo, a instalação
de um mini PSIU nas dependências da própria estação.
Faltou ainda para nossa cidade implementar projetos turísticos
(veja coluna Turismo & Cia na página 2), bem como projetos
para atrair novas empresas, principalmente com relação a
nossa riqueza natural, tais como calcário, quartzo, areia e outros,
e o aproveitamento da nossa rica mão-de-obra têxtil. Por
fim temos que fazer de tudo para mantermos em nossa cidade a fábrica
Brasil, que milhares de emprego gerou no século passado e ainda
continua gerando.
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EDITORIAL
JAN/2002
A ASMAT esteve representada por seu presidente,
no II Seminário de Preservação Ferroviária,
realizado no SESC de Grussaí (RJ), de 07 a 09/12/2001. Lá
tivemos a oportunidade de apresentarmos e defendermos o nosso Projeto
de Recuperação da Estação Ferroviária
de Chagas Dória, localizada no bairro de Matosinhos. Na oportunidade
estavam ao nosso lado o Administrador do Complexo Ferroviário de
São João Del Rei, Sr. Berenício, o representante
da ACI Del Rei e da Turistrem regional, Sr. Artur Monteiro Coimbra, a
representante da Diretoria de Turismo da ACI Del Rei, Ana, a estudante
de turismo são-joanense, Cristina, e o conterrâneo Diretor
da Estrada de Ferro do Corcovado (RJ), Sávio Neves Filho. O Seminário
foi realizado pelo Movimento de Preservação Ferroviária
(MPF), Associação Brasileira de Operadoras de Trens Turístico-Culturais
(ABOTTC) e SESC/MG. O coordenador do evento, Prof. Victor Ferreira ouviu
atentamente a exposição do nosso projeto, apoiou incontestavelmente
o projeto e chamou a atenção das autoridades sobre estações
ferroviárias abandonadas, a prejuízo do patrimônio
nacional, no momento em que o povo precisa de educação,
cultura e de locais para prestação de serviços públicos.
Sávio Neves falou que a estrada de ferro do corcovado dá
lucro, transporta cerca de 500 mil turistas por ano e em conversa particular
disse que um teleférico em São João daria certo e
ele próprio se coloca à disposição para ajudar.
O consultor de turismo cultural Luís Renato Ignarra falou que a
maioria das escolas de turismo só pensam em graduar seus alunos
e são incapazes de realizarem pesquisas para o engrandecimento
de seus alunos, dos cidadãos e de entidades voltadas para o turismo.
O presidente do Conselho de Turismo de Além Paraíba (MG),
expôs os projetos turistico-culturais da sua cidade.
Com relação à licitação
de transportes urbanos em São João, a lei 8666/93 de licitações
e contratações é clara quando fala que o administrador
da licitação, que neste caso é o prefeito municipal
é quem responde por ela legalmente e judicialmente. Tenho também
como concepção que a concorrência entre mais de uma
operadora, como acontece nas grandes e médias cidades, traz benefícios
em termos de qualidade dos serviços e preços.
Finalmente não poderia deixar de registrar que no dia 12/12/2001,
São João recebeu o 2º maior presente da sua história,
com a aprovação pela Câmara dos Deputados da transformação
da FUNREI em Universidade. O 1º foi quando a mesma se transformou
em fundação federal. A Funrei possui atualmente cerca de
3000 alunos, 181 professores e 243 funcionários técnico-administrativos
e oferece 13 opções de curso superior, quatro de especialização
e um de mestrado.
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EDITORIAL FEV/2002
De parabéns a Ferrovia Centro Atlântica
na pessoa do Sr. Berenício Administrador do Complexo ferroviário
São João Tiradentes e sua diretoria, que mesmo paleativamente
mandou pintar e prover de iluminação noturna a estação
ferroviária de Chagas Dória no Bairro de Matosinhos, para
qual nós da ASMAT vimos incansavelmente lutando para que nela seja
implantado o nosso projeto de recuperação.
Não teremos desfile de Escolas de
Samba este ano em São João Del Rei. É uma perda muito
grande porque a apresentação de uma Escola de Samba é
uma das artes mais completas. Nelas temos história, música,
teatro, coreografia, figurino, dança, artes plásticas, conjunto,
harmonia, etc. Sempre defendi a idéia de que a prefeitura municipal
deve dar a metade da verba de um desfile e as Escolas devem fazer cada
uma a sua outra parte. Para uma Escola de Samba que já tem os instrumentos
básicos de uma bateria, fantasias guardadas para que possam ser
modificadas e no mínimo três carros alegóricos, usando
de criatividade, pode-se fazer um belo trabalho orçado em R$25.000,00.
Isso significa que se a prefeitura municipal der R$12.500,00 ela vai estar
fazendo a parte dela. É uma perda lamentável, porque a maioria
do povo sãojoanense é geneticamente um povo voltado para
a alegria, artes e criatividade. É uma das poucas oportunidades
em que todos se unem para apagar as mágoas deixadas por um árduo
ano de trabalho. Temos que frisar que o carnaval de São João
Del Rei é o único do Brasil que dura 12 dias. Normalmente
ele começa numa sexta-feira, com uma semana de antecedência,
com gritos de carnaval, bailes do Havai, etc. e termina na quarta-feira
de cinzas 12 dias após. Temos uma tradição única
em São João que são os blocos que saem de 2ª
a 6ª feira, antes do carnaval, cada um com suas características.
Estes blocos é que esquentam as caixas, os tamburins e o povo,
para a chegada do verdadeiro carnaval. Portanto, todo o apoio tem de ser
dado a estes blocos, inclusive apoio financeiro.
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EDITORIAL
MAR/02
O maior risco que nós são-joanenses
corremos quando não se tem Escolas de Samba no nosso carnaval é
a perda da criatividade e do aperfeiçoamento no tocante a música,
teatro, artes plásticas e do laser. Eu que já fui presidente
de Escola de Samba e militei durante 3 anos na AESBRA (Associação
das Escolas de Samba, Blocos e Ranchos Carnavalescos) sei o quanto é
importante para o nosso povo o carnaval com Escolas e Blocos. Por exemplo;
- os blocos característicos que começam a sair no sábado
que antecede o verdadeiro carnaval, os quais hoje é que estão
segurando o nosso carnaval, são oriundos de antigas Escolas de
Samba ou de antigos integrantes que tomaram gosto pela brincadeira e com
isso, hoje, São João Del Rei até que me provem em
contrário é a única cidade brasileira que tem um
carnaval com 12 dias. Também com Escolas e Blocos o comércio
local é alavancado com o incremento nas vendas de materiais e serviços
tais como; tecidos, sapatilhas, adornos, instrumentos musicais e mão
de obra de costureiras, marceneiros, serralheiros, etc.
Outro assunto em destaque no momento é
a grande quantidade de sites na Internet divulgando nossa cidade para
o mundo. O próprio carnaval, a historia da cidade, como chegar,
aonde hospedar e aonde comer podem ser vistos muito bem explicados e em
fotos claras e nítidas por quem acessar pelo menos o jpnoticias.com.br,
o geocities.com.br, o guiavirtual.com.br, saojoaodelreirg3, o site pessoal
do Alexandre Rivetti, Henrique Cintra e outros mais. A partir da edição
de fevereiro/2002 este nosso singelo jornal pode ser visto também
no mundo inteiro, todo dia 1º de cada mês, no site jpnoticias.com.br
Integrantes do Bloco Vamos a La Playa transportaram
piscinas plásticas, sombrinhas e cerca de 30 mil foliões
acompanharam o bloco (foto jpnoticias).
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EDITORIAL
ABR/2002
Mais uma vez vamos voltar a estação
ferroviária de Chagas Dória, no bairro de Matosinhos. Desta
vez é sobre o polêmico alambramento (cercamento) da mesma.
Tanto o administrador do complexo ferroviário São João
a Tiradentes, Sr. Berenício Carvalho como o Dr. Luís Jardim,
assessor da FCA (Ferrovia Centro Atlântica) me contataram. Segundo
eles o alambramento se deve ao fato do risco de novas invasões
da estação e solicitação de alguns moradores
(vejam nosso jornal de fev/2002, seção Cartas) no sentido
de evitar o uso da estação para encontro de casais, uso
de drogas e banheiro a céu aberto. No princípio do ano a
FCA pintou o prédio e colocou iluminação, mas segundo
o Berenício com a estação aberta depredadores estão
quebrando as lâmpadas, o que configura mais uma razão do
seu alambramento. O alambramento vai ter um portão que ficará
fechado 24 horas e um morador vai ficar com a chave para acender as lâmpadas
à noite.
Prosseguindo Dr. Luís Jardim sugeriu
que a ASMAT lhe encaminhasse cópia aprovada pelo IPHAN (Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) do projeto
de recuperação da estação, para que a FCA
o enviasse ao liquidante da RFFSA (Rede Ferroviária Federal), a
fim de que esta fizesse a concessão do imóvel. Em contato
com Roberto Maldus, representante local do IPHAN, o mesmo me disse que
o projeto oficialmente deveria ser encaminhado a ele pelo proprietário
do imóvel que é a RFFSA. Finalmente Roberto Maldus concordou
em dar uma olhada no projeto sem que o aprovasse oficialmente para que
a FCA pudesse encaminhar o projeto. Na verdade o que eu acho de tudo isso
é uma inacreditável falta de vontade política para
resolver uma questão que é a utilização do
imóvel pelo povo, um imóvel que encontra-se ocioso e sendo
depredado.
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EDITORIAL MAI/2002
Inicia-se dia 10 de maio e vai até
o dia 19 a já famosa e resgatada Festa do Divino Espírito
Santo da Paróquia do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, cidade de
São João Del Rei. Nesta edição encontra-se
encartado o Informativo do Jubileu, que traz a história resumida
da festa, bem como sua programação completa. Na cidade portuguesa
de Matosinhos de onde surgiu a devoção ao Senhor de Matosinhos
esta festa é comemorada juntamente com a do Senhor Bom Jesus de
Matosinhos, culminando no dia de Pentecostes. Aqui no Brasil também
era assim, porém há pesquisadores que alegam que o desmembramento
se deu por motivo de incoerência entre os festejos religiosos e
o profano. Esta festa é comemorada na matriz de Matosinhos porque
os portugueses que aqui chegaram, instalaram a igreja de Matosinhos e
juntamente com ela implantaram a festa nos moldes da de Portugal. Naquela
época o lado profano da festa era comemorado com base em cavalhadas
(simulação de lutas entre os mouros e os cristãos).
Toda região das vertentes e Zona da Mata de Minas mandavam representantes
para festa. Hoje estas cavalhadas existem em pouquíssimas cidades
do Brasil. Aqui na nossa festa estas cavalhadas foram substituídas
por congadas, que abrilhantavam as festas do império. Na página
4, coluna "Cartas de um outro Matosinhos", a historiadora portuguesa
Isabel Lago conta detalhes desta festa na sua cidade portuguesa.
De parabéns a cidade de São
João Del Rei por ganhar uma Universidade Federal, onde todo nosso
país também ganha por contar com mais um grande estabelecimento
de ensino nesta categoria. A FUNREI, antigo nome da Universidade, que
já era uma escola federal passa agora a ter vida própria
e sendo assim, condições de operá-la da forma que
melhor convier. Nosso reconhecimento também a todos aqueles que
direta e indiretamente contribuíram para a efetivação
deste marcante e histórico acontecimento, nas pessoas do deputado
Aécio Neves e do reitor Mário Neto Borges.
Quiça reivindiquem também
para São João Del Rei as comemorações do dia
de Tiradentes. Afinal ele nasceu aqui e na nossa região viveram
nada menos do que 11 inconfidentes que sonhavam libertar o Brasil de Portugal.
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EDITORIAL
JUN/2002
Das históricas, harmoniosas e românticas
construções que contornavam a praça Senhor Bom Jesus
de Matosinhos restam apenas a abandonada estação ferroviária
de Chagas Dória de 1908 e o chafariz da Deusa Céres, hoje
desativado, construção italiana de 1887. Lá se foram
também o Pavilhão de Exposições de 1913, o
prédio que abrigava o patronato, o cruzeiro do século XIX,
o casarão atrás da igreja e, bem perto da praça,
destruíram o famoso Pontilhão das Águas, que serviria
hoje como ponte para a colônia do Marçal, e todo o ramal
ferroviário. Infelizmente o que temos hoje são barracas
e trailers de mal gosto, sem esgoto e sem ética. Temos uma praça
aberta para os boys darem cavalos de pau com seus carros e motos. A ASMAT
fez projetos para recuperação da estação de
Chagas Dória, mas não teve vontade política para
executá-lo. A ASMAT também fez reuniões com representantes
dos demais bairros do Grande Matosinhos, para organizar o trânsito,
com a presença do responsável pelo trânsito na cidade,
polícia militar e corpo de bombeiros, endossado por abaixo-assinados,
e nada aconteceu até agora. O prefeito Nivaldo Andrade tem me dito
que arrumará a mencionada praça e que ouvirá a ASMAT,
porém há cerca de um ano passamos idéias para o setor
de urbanização da prefeitura, estivemos até mesmo
conversando com a arquiteta que dizem que ficou incumbida do projeto,
mas até esta data, a não ser um croqui desenhado sem medição,
eu não vi mais nada. Esperamos do prefeito Nivaldo, que, a bem
da verdade tem realizado bastante obras na cidade, execute nossos projetos,
pois, afinal, todos eles são em benefício do povo. A recuperação
da estação ferroviária prevê um atendimento
descentralizado por parte da prefeitura, bem como a idéia de deixar
espaço para Caixas Eletrônicos Bancários na praça
economizará em muito o tempo e o dinheiro da passagem de ônibus
para todos.
Quanto a privatização do
DAMAE, eu particularmente sou a favor, para termos uma água bem
tratada e recursos financeiros para a expansão da atual rede de
água e esgotos. Aliás, não cabe ao governo municipal,
estadual e federal possuir empresas e sim planejar, organizar, controlar,
comandar e manter. Os empregados que hoje trabalham bem no DAMAE, logicamente
serão aproveitados pela empresa terceirizada, do contrário
só trabalharão no vermelho.
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EDITORIAL
JUL/2002
O economista Edmar Bacha, um dos criadores
do Plano Real, criou a expressão "BELINDIA", (junção
morfológica de Bélgica com a Índia para retratar
o Brasil). Na verdade, nosso país ora parece a Bélgica ora
parece a Índia. A Bélgica, pais de primeiro mundo, com pequenas
dimensões territoriais, renda per-capta altíssima, elevado
índice de cultura, localizada no noroeste da Europa com cerca de
10 milhões de habitantes. Neste contexto está a avenida
Paulista, os bairros denominados Jardins em São Paulo, a beleza
da zona sul do Rio de Janeiro, as grandes obras como a usina hidrelétrica
de Itaipu, parte da BR 040 e 381 e os nossos shopping center.
Do outro lado está, respeitosamente, a Índia, com uma população
de aproximadamente 1 bilhão de habitantes, com grandes dimensões
territoriais, renda per-capta baixíssima, alto índice de
analfabetismo, desemprego e muita pobreza.
Dito isso, posso dizer que da Bélgica
sobrou para São João Del Rei a nossa musicalidade, nossos
ilustres políticos, nossa rica história e a nossa estrema
alegria de viver e divertir. Mas parece-me que sobrou para nós
são-joanenses, mais da Índia do que da Bélgica: -
sobrou para nós os ridículos traillers e barracas espalhadas
pela cidade, o trânsito da avenida Josué de Queiroz em Matosinhos,
muito parecido com o da Índia, onde mistura-se vacas, cavalos,
bicicletas, motocicletas, carros, ônibus, caminhões e carretas.
Sobrou para nós em São João como em todo o país
a pobreza de grande parte da população em que os governos
federal, estadual e municipal vêm tentando resolver.
A Secretaria Municipal do Bem Estar Social,
comandada pelo Araújo, vem esforçando ao máximo para
cadastrar a nível municipal as famílias carentes, com o
objetivo de melhorar as condições de vida dos nossos irmãos
carentes no tocante a vale alimentação, vale gás
e bolsa escola. Este é um programa do governo federal com a participação
dos órgãos municipais de assistência social em que
se propõem uma melhoria de condição de vida dos mais
necessitados. No caso do Grande Matosinhos este cadastramento esta se
realizando na sala de catequese, que se encontra atrás da matriz
do Senhor Bom Jesus de Matosinhos.
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EDITORIAL
AGO/2002
No
dia 15 de julho pp. me dirigi à Secretaria de Assistência
Social da Prefeitura Municipal de São João Del Rei, no intuito
de perguntar ao Senhor Secretário como andava o cadastramento das
famílias carentes, projeto federal que prevê a distribuição
de bolsa alimentação, bolsa escola e vale gás e que
muito irá contribuir com a distribuição de renda
no nosso fraterno país. O mesmo me respondeu que o cadastramento
estava parado por falta de formulários. Na oportunidade perguntei-lhe
também qual é o critério para distribuição
de cestas básicas para as famílias carentes da nossa cidade
e o mesmo me respondeu que bastava entrar na fila que se forma defronte
a prefeitura para recebê-la. Tentei fazer com que ele percebesse
que o critério como está é ultrapassado e pessoas
inescrupulosas que nem tanto precisam de cestas básicas estavam
recebendo-as, e outras famílias carentes moradoras na periferia
da cidade não tinham recursos financeiros para pagarem passagem
de ônibus do seu bairro para a cidade e nem saúde para se
deslocarem à pé até à prefeitura. Num lance
de histerismo e de rara falta de educação o senhor secretário
de forma totalmente despreparada disse-me aos brados que eu estava fazendo
perguntas inescrupulosas e chamou-me para conversar lá na rua,
parecendo que queria brigar comigo. Eu disse a ele que não ia conversar
lá fora porque fui na sua secretaria para tratar de assuntos da
sua pasta, ou seja; assistência social e sendo assim gostaria de
ser atendido dentro daquela casa. Alias, é importante registrar
que o mesmo me atendeu sentado em cima de uma mesa, na recepção
da sua secretaria. Feito esse registro gostaria de colocar nossa seção
de Cartas & E-mail à disposição do Senhor secretário
Antônio Araújo, para que possa se defender da maneira que
melhor lhe convier.
Segundo informações obtidas,
para se ganhar uma cesta básica de alimentos é necessário
entrar na fila, a qual é formada durante a madrugada, pegar uma
senha (bilhete), ir na Secretaria de Assistência Social, carimbar
a senha e posteriormente se dirigir a um supermercado conveniado e pegar
a cesta básica. Muito mais racional seria a Secretaria de Assistência
Social cadastrar com mais urgência as famílias carentes,
comprovar a real necessidade da família e entregar a cesta básica
mensalmente nas residências.
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EDITORIAL SET/2002
Terminou dia 25 pp. o 5º Festival
de Gastronomia de Tiradentes, onde todas as pousadas ficaram lotadas tanto
é que tiveram que recorrer a casas de moradas para aluguel. Cerca
de 4 mil turistas vieram, compraram comida de 4 a 165 reais o prato, chefes
de cozinha franceses, italianos, chilenos, bolivianos, baianos e outros
mais estiveram na histórica cidade de Tiradentes fazendo comida
e ensinando a cozinhar. Este, como Halley Davison, Festival de Cinema
e Semana Santa são sem dúvidas os que mais trazem turistas
com alto poder aquisitivo para a região. O Turismo rentável
é aquele cujo o turista fica pelo menos 3 pernoites numa cidade
ou numa região.
Neste mês de setembro o Senhor Bom
Jesus é comemorado festivamente e duplamente na nossa cidade através
do Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos e da Festa do Senhor Bom
Jesus do Monte. Ainda está para ser descoberta a razão pela
qual a data destas comemorações aqui no Brasil diferem das
de Portugal, legítimos descobridores das imagens primitivas do
Senhor Bom Jesus. Vejam na página 2 a programação
destes importantes eventos de fé e devoção.
Dia 17 pp. Esteve fazendo comício
em São João o Deputado Aécio Neves, ele que é
um legítimo político com base em nossa cidade. Para mostrar
seu total apoio ao Aécio também esteve no seu comício
o Deputado Eliseu Resende mentor do nosso Museu Ferroviário e que
frequentemente tem visitado nossa cidade, em particular entidades filantrópicas,
dando inclusive total apoio a ASMAT.
Dia 23 pp. faleceu dramaticamente o motoqueiro
MAX em pleno dever da profissão, em conseqüência de
desastre de trânsito em Matosinhos. MAX era muito querido por todos,
casado, deixou uma filha, e a ASMAT pergunta - Quem pagará por
mais esta vítima causada pelo trânsito de Matosinhos??? Já
cobramos por dezena de vezes o cumprimento do que foi decidido por representantes
do poder público e moradores do Grande Matosinhos, na reunião
de 16/12/1999.
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EDITORIAL
OUT/2002
Dia 06 de outubro finalmente vamos às
urnas para escolhermos nossos representantes. Todos os candidatos a presidente
da república estão prometendo aumentar as exportações,
o que realmente é a única solução econômico-financeira
para o nosso país, cheio de riquezas e opções genuinamente
nossas. Por exemplo; temos um território imenso, com terras de
qualidade e muita mão de obra, que não estão sendo
aproveitadas. Temos a maior reserva de ferro do mundo e no entanto estamos
importando navios e plataformas submarinas, não investindo em produtos
acabados e não gerando assim empregos para os brasileiros. Muitos
produtos brasileiros estão sendo escoados pelas grandes fronteiras
internacionais sem recolher impostos e o inverso também é
verdadeiro, ou seja; muitos produtos estão sendo contrabandeados
tirando muitos empregos. Para aumentarmos nossas exportações
temos que procurar parceiros que comprem nossos produtos em todo o mundo,
inclusive e principalmente para ALCA (Livre Comércio da América
Latina). O país que não exporta é como uma grande
família que não arrecada, cujos filhos estão desempregados
e conseqüentemente vivem de empréstimos ou de ajuda externa.
Na área de turismo temos o seguimento ecológico, onde possuímos
a maior reserva florestal do mundo, lindas cachoeiras, chapadas e serras
e estamos promovendo muito pouco este segmento. Temos as mais bonitas
praias do mundo e temos sol o ano inteiro. Para se ter uma idéia
da nossa estagnação na área de turismo, a Argentina
recebe mais turistas do que nós.
Quanto aos novos governadores, a eles caberão
principalmente trabalharem para aumentar a segurança dos cidadãos
em consonância com atualização do código penal
brasileiro, nomeação de comandantes de confiança
e punição severa daqueles que se deixam vender para facilitar
o crime e a fuga de presídios. A eles também caberão
abrirem frentes de trabalho e facilitarem a instalação de
novas industrias. A eles também caberão diminuírem
a corrupção que já virou moda entre nossos governantes.
Aqui no Brasil não se administra dinheiro público sem "tirar
o dele".
Quanto aos nossos representantes no Congresso
Nacional (Câmara e Senado) e na Assembléia Legislativa não
há duvidas de que teremos de escolher gente nossa, gente da nossa
terra ou quem já fez algo por ela.
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EDITORIAL
NOV/2002
Felizmente, São João Del
Rei volta a ter força total no cenário político nacional
com a eleição de Aécio para o governo de Minas, Reginaldo
para a Câmara dos Deputados e Sidinho para a Assembléia estadual.
Agora, temos tudo para alavancarmos nosso desenvolvimento econômico,
social e político e ter a cidade dos nossos sonhos. O mais importante
é que já está tudo pronto. Querem ver?
A aceitação do complexo ferroviário "São
João Tiradentes" por ambas as prefeituras, e se dentro desse
espaço, incrementássemos a realização de eventos
artísticos, culturais e de negócios criaríamos dezenas
de empregos. Os projetos para o real aproveitamento do complexo já
existem.
A constituição de uma equipe regional de desenvolvimento
turístico, para atacar o já existente projeto "Trilha
dos Inconfidentes", criaria centenas de empregos na região,
aumentando a receita das nossas cidades.
A Universidade Federal, com a criação de novos cursos, demandariam
novos professores, auxiliares e novas infra-estruturas. O IPTAN já
criou novos cursos e se ajudado poderá criar muito mais. O SENAI,
que no dia 13 de outubro comemorou 50 anos, tem ministrado diversos cursos
profissionalizantes.
São João seria a cidade dos nossos sonhos se na área
de educação e lazer colocássemos para funcionarem
nossos ginásios e quadras poliesportivas. Os ginásios, quadras
nos maiores bairros, o CAIC, e até um estádio de futebol
municipal já existem.
Como em poucas cidades temos: teatro municipal,
coreto para realização de retretas e conservatório
de música.
São João seria a cidade dos
nossos sonhos se tivesse o trânsito mais organizado, marcação
de consultas médicas nos postos de saúde por telefone, afinal,
hoje em dia, temos praticamente um telefone público em cada quarteirão
da cidade.
São João seria a cidade dos nossos sonhos, se o poder público
municipal, aproveitasse as idéias de grupos voluntários
e ONGs municipais, que nada cobram e geram idéias brilhantes em
prol da nossa cidade.
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