EDITORIAL NOV/2000
     No editorial do mês passado insistimos na idéia de trabalharmos para um turismo regionalizado e sendo assim lembro aos queridos leitores de que tudo já está a nossa disposição, graças a grande obra divina que nossa região ganhou, que são essas belezas naturais aqui presentes. A beleza natural da serra de São José em Tiradentes não pode ser esquecida, num momento em que muito se fala no turismo ecológico, tanto procurado pelos turistas. Que tal um programa atravessando a serra, partindo do Cascalho em Santa Cruz de Minas, curtindo os poços de água límpida no cume da serra e prosseguindo a caminhada sairemos no balneário de Águas Santas, onde tomaremos duchas ou banho de piscina? Que tal um passeio de barco na represa de Camargos com parada para pescaria ou natação e almoço num hotel fazenda da região? Que tal um passeio para compras de objetos de couro em Prados ou Dores de Campos, artesanato têxtil de Resende Costa e a cachaça de Coronel Xavier Chaves? Quando se fala em turismo regional, em primeiro lugar tem-se que montar uma infra-estrutura mínima para receber os turistas, treinar os recursos humanos que com eles lidarão, montar os pacotes turísticos e divulgá-los para as principais agências de turismo do país.
      Foi inaugurada no dia 19 próximo passado, a Policlínica de Matosinhos com a presença da Secretária de Estado da Ação Social Maria Lúcia Cardoso, presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais Anderson Adauto, Deputado e futuro prefeito de São João Del Rei Nivaldo de Andrade, atual prefeito Carlos Braga, Diretor do DER-MG Dr. Flávio Menicucci, Secretário de Saúde de São João Dr. Carlos Guilherme de Abreu, que muito agradeceu ao Deputado Manoel Costa, pela verba estadual destinada à construção da policlínica quando este era Secretário de Saúde do Estado de Minas Gerais, vereadores que deixarão a Câmara e os novos vereadores eleitos, além de autoridades locais e diretores de órgãos classistas. Parabéns a todos que contribuíram com esta importante obra.
      O jornal "O GRANDE MATOSINHOS" publicou na edição de janeiro/2000, sessão de CARTAS, a necessidade premente de canalização do Córrego da Galinha e os problemas que um muro de arrimo feito com pneus de caminhão à beira do córrego e da avenida Josué de Queiroz causariam ao local. Não deu outra, com a primeira chuva os pneus desmoronaram-se, ajudaram a entupir o córrego, obrigando ao DAMAE sanar o problema e arcar com os custos. Se o DAMAE ou a prefeitura julgam não terem dinheiro, apesar dos impostos no Brasil serem um dos mais altos do mundo e, a prefeitura de São João arrecadar cerca de R$ 2 milhões por mês, o que no mínimo cobramos é fiscalização, pois na prefeitura existem empregados pagos para isso e, no entanto fazem vistas grossas a invasões de lotes, invasões de passeio público e ruas, por residências e construções clandestinas de trailler, barracas e residências.

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EDITORIAL DEZ/2000
      Dia 16 de novembro recebemos a visita do Exmo Sr. Secretário de Estado do Turismo, Deputado Manoel Costa, por convite do Dr. José Egídio de Carvalho, presidente do CDL-del Rei, em parceria com ACI-del Rei, Sindcomércio e ASMAT. No encontro que ocorreu na sede da ACI-del Rei, estiveram também o subsecretário do Turismo Dr. Antônio Henrique Borges Paula, representantes de diversas entidades de classe e ONG's, tais como; IHG, FUNREI, Arte e Cultura, Hotéis e Pousadas e Secretaria da Educação.
      Manoel Costa colocou a Secretaria de Turismo à disposição de São João Del Rei e demais cidades vizinhas, informou que criou a Trilha dos Inconfidentes, cuja sede é São João Del Rei, formada ainda pelas cidades de Barbacena, Barroso, Coronel Xavier Chaves, Dores de Campos, Entre Rios de Minas, Lagoa Dourada, Prados, Resende Costa, Ritápolis, Santa Cruz de Minas, São Tiago e Tiradentes. Enfatizou que estas cidades poderão criar programas turísticos isolados, obedecendo à cultura e as condições de cada uma, porém inseridas no contexto da Trilha dos Inconfidentes, obedecendo aos estatutos desta, a fim de conseguir financiamentos e apoio logístico. Por falar em apoio logístico, gostaríamos desde já agradecer a interveniência do Dep. Eliseu Resende ao facilitar a colocação de uma grande placa indicativa da Trilha dos Inconfidentes, na área de domínio do DNER, no trevo de Murtinho.
      Segundo o Dep. Manoel Costa, cabe ao poder público organizar e controlar os destinos da Trilha dos Inconfidentes, mas cabe ao investimento privado; o receptivo, a exploração de hotéis e restaurantes e os meios de lazer.
      Toda população de São João Del Rei anda indignada com os resultados da obra orçada em R$ 600.000,00, referente ao emissário de esgoto ao longo do Córrego do Lenheiro. Há preocupação quanto a sua finalidade, bem como quanto ao valor de R$ 100.000,00 de contra-partida, obrigação declarada e devida pela prefeitura de São João Del Rei, ao assinar o convênio com a FUNASA. Se a prefeitura de São João Del Rei não investir os R$ 100.000,00 de contra-partida, significa que ela vai estar inadimplente com o governo federal e assim sendo, impedida de receber quaisquer recursos federais daqui por diante. Esperamos que tanto a FUNASA quanto o Deputado Aécio Neves, patrocinador da verba, façam auditagem físico-financeira nesta obra. Esta é também mais uma das irresponsabilidades do prefeito Carlos Braga e de parte do seu secretariado.
      Finalizando, diretores e associados da ASMAT desejam a todos boas festas e um feliz natal.

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EDITORIAL JAN/2001
      São João Del Rei tem novo executivo e legislativo a partir deste mês. Nivaldo Andrade, foi eleito com 60,95% dos votos, contra 36,81% do seu maior opositor. Nestas eleições votaram 57.181 eleitores, contra 56.903 em 1998, um aumento de 0,49%. Nivaldo tem tudo para repetir a grande administração que fez de 1992 a 1996 no tocante a obras, e, melhorar ainda mais os resultados na área de turismo, saúde, educação e cultura. Temos notícias de que os novos secretários escolhidos por Nivaldo já estão trabalhando antes mesmo de tomar posse. Na área de turismo, vários contatos têm sido feitos, tais como; secretaria de Estado do Turismo, Diretoria da Rede Globo Minas, encontro com grupos de idealizadores de São João Del Rei, reuniões com AESBRA (Associação de Escolas de Samba e Blocos) para definir o carnaval de 2001 e muitos outros encontros com associações de classe, entidades públicas e privadas e ONG's.
      A grande preocupação atual na área do turismo é conseguir a concessão do complexo ferroviário São João/Tiradentes e a elaboração de novos planos para o turismo de negócios e de lazer, com a divulgação dos eventos a nível nacional. Com isso ganha o nosso comércio, industria e serviços, principalmente na área de hotéis, restaurantes, artesanato, estanho, madeira e metais.
      Quanto ao legislativo, temos muita esperança nestes novos edis, principalmente quanto aos seus verdadeiros papéis que é de legislar e fiscalizar. Leis que possam tematizar o centro histórico de São João Del Rei, tais como; placas estilizadas nas fachadas das lojas do tipo do filme "Amor e Cia", roupas típicas da época áurea de São João, também fazem o delírio dos turistas que são sem sombra de dúvidas o maior cliente de São João Del Rei. Nossa cidade já nasceu pronta quanto ao aspecto de beleza natural, histórico e de seu povo festivo e receptivo. Temos dois macro destinos; o turismo e a educação, este último através da FUNREI e do recém criado IPTAN.
      Cabe também aos vereadores, fiscalizar o que eles próprios aprovaram. Por exemplo; é inconcebível o tráfego de caminhões pesados no centro histórico, a invasão de barracas, trailler's e camelôs no centro histórico e demais praças da cidade e a distribuição de panfletos que sujam a cidade.
      Enfim, cabe também ao povo colaborar na limpeza e no embelezamento da cidade, que é a sua verdadeira grande casa. Parabéns aos que adotaram as praças e jardins da cidade, porém temos muitos outros logradouros a serem cuidados, como por exemplo o canteiro central da rua da Prata.

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EDITORIAL MAR/2001
      Na quarta feira dia 07/02/2001 o Secretário de Estado do Turismo, Deputado Manoel Costa, em entrevista a Rede Globo Minas, Jornal Bom Dia, disse que a Fundação Vale do Rio Doce, iria financiar a recuperação do trecho ferroviário BHTE/Mariana, num percurso de 147 Km, entre outros. A Fundação Vale do Rio Doce é a mesma Fundação que, provocada pelo projeto de restauração da Estação Ferroviária de Chagas Dória, elaborado pela ASMAT, marcou visita ao complexo ferroviário São João/Tiradentes, juntamente com diretores da FCA (Ferrovia Centro Atlântica), para o dia 16/06/2000 e que por injunções políticas foram impedidos da visita, 48 horas antes, pelo ex-prefeito Carlos Braga, alguns de seus assessores e alguns dos diretores da Fundação Municipal Oeste de Minas. Pois bem, quando já poderíamos estar na frente com relação à execução do projeto de recuperação de todo nosso complexo ferroviário, eis que, mais uma vez, surgem pessoas que dizem trabalhar para a nossa cidade, para impedir o nosso desenvolvimento turístico, paisagístico e econômico, dando provas de uma incomensurável falta de patriotismo. Estas pessoas sabem o mal que fizeram para a nossa cidade e região e devem ser responsabilizadas por este ato de traição.
      No dia 16/02/2001, o jornalista, historiador, radialista e teatrólogo Luis Bonifácio da Silva, acompanhado do cronista social Xodó, promoveram uma inesquecível noite de gala, ao agraciar com o diploma de honra ao mérito personalidades notáveis do Bairro das Fábricas. Naquela noite foi lembrada entre outras coisas, o impulso industrial de São João Del Rei, implementado pelas fábricas de tecidos instaladas no bairro, entre elas a "Sanjoanense", fundada em 1891, do importante Cortume de Couros Tortoriello, da Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Pedagogia, Ciências e Letras, a qual passou a funcionar em 10/03/1954, da estrada de ferro que cortava a Avenida Leite de Castro ao meio, aliás, Francisco Leite de Castro foi um dos diretores da Oeste de Minas, presidente da Câmara dos Vereadores de São João Del Rei e Deputado Federal. Esta citada estrada de ferro que fazia o percurso São João/Oliveira/Divinópolis, foi construída com os esforços do povo oliveirense, que queria estar ligado ao importante centro industrial e de abastecimento que era São João Del Rei. Não poderia ser esquecido também o glorioso América Recreativo e Futebol, fundado em 14/04/1943. Parabéns ao Bairro das Fábricas, aos agraciados e aos promotores.

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EDITORIAL ABR/2001
      Por diversas vezes fomos perguntados para que existe, qual é a finalidade e para quem trabalha o jornal "O Grande Matosinhos". Imediatamente respondemos o que consta em ata de reuniões da ASMAT, que o nosso singelo jornal existe para divulgar e reivindicar assuntos de interesse da Associação dos Moradores e Amigos do Grande Matosinhos, sua finalidade é ser o veículo de comunicação, que leva ao povo, aos administradores públicos e demais autoridades municipais, assuntos de interesse do bairro, em especial, e da cidade, no geral. Quando estamos voltados para assuntos de interesse geral da cidade, é porque estamos inseridos numa administração municipal em que qualquer bairro vai depender da situação e performance de toda uma cidade, senão vejamos; a qualidade de vida dos cidadãos vai depender do transporte coletivo, do atendimento público, dos serviços de saúde, educação, cultura, laser e de empregos que podem estar em qualquer bairro. Finalmente o jornal "O Grande Matosinhos", trabalha especialmente para os moradores do Grande Matosinhos, que compreende dez outros bairros, vilas e comunidades e, no geral, para toda a população de São João Del Rei e região. O lema do nosso jornal é falar sempre a verdade. Elogiamos quando temos de elogiar e criticamos e cobramos quando temos de criticar e cobrar. Nossas críticas sempre visam o crescimento, a melhoria da qualidade e a democracia. Somos patrocinados pelos nossos imprescindíveis anunciantes, aos quais muito agradecemos. Vamos continuar nesta linha, porque somente assim iremos contribuir com a administração pública e ajudar ao povo.
      Nos dias 7 e 8 de abril de 2001 será realizada importante Conferência Municipal de Saúde e serão eleitos os novos membros do Conselho Municipal da Saúde. Vamos democratizar e desburocratizar a saúde.
      Os jornais de todo país estão divulgando a nossa tradicional Semana Santa. Esperamos com muito anseio as cerimônias deste ano, principalmente porque vai estar aberta nossa monumental e sacra igreja de São Francisco de Assis.

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EDITORIAL MAI/2001
      Gostaria que me explicassem porque o Dia de Tiradentes é comemorado na cidade de Ouro Preto e não na cidade de São João Del Rei, sua terra natal. O próprio mártir nacional confessou nos autos da devassa, que nasceu na Fazenda do Pombal, naquela época pertencente à Vila de São João Del Rei, hoje pertencente à cidade de Ritápolis. Ademais, foi na cidade de Ouro Preto que aconteceram algumas inquisições e até mesmo decisões pessoais do governador Visconde de Barbacena que selaram o destino fatal dos inconfidentes e sufocaram a idéia de se transformar o Brasil em nossa nação. Não entendo também porque o Dia da Inconfidência é comemorado em Ouro Preto, onde até mesmo o governador transfere a capital para lá.
      O próprio governo do estado, através da Secretaria de Turismo, criou a Trilha dos Inconfidentes, a qual é delimitada pela região das Vertentes e sua sede é a cidade de São João Del Rei. Na nossa região, além de Tiradentes, nasceram também os inconfidentes Coronel Francisco Antônio de Oliveira Lopes, seu irmão Pe. José Lopes de Oliveira, Domingos Vital Barbosa, Cel. José Aires Gomes, José de Resende Costa Pai, José de Resende Costa Filho e Vitoriano Veloso. Também aqui viveram Pe. Toledo, seu irmão Luis Vaz de Toledo e Alvarenga Peixoto. A idéia do levante foi oficializada aqui na região, na casa do Pe. Toledo, em Tiradentes, quando do batizado do filho de Alvarenga Peixoto. Vamos reagir???
      Inicia-se no dia 25 de maio a já famosa e resgatada Festa do Divino da Paróquia do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Esta é uma festa de toda nossa região, trazida pelos portugueses que aqui moravam, os mesmos devotos que eram do Senhor de Matosinhos. Nesta edição encontra-se o Informativo da Festa do Divino, com dados históricos e cronograma.

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EDITORIAL JUN/2001
      Não poderíamos deixar de falar sobre a Festa do Divino Espírito Santo de Matosinhos, cujos principais eventos religiosos e profanos acontecem neste final de semana, dias 1, 2 e 3 de junho. Esta festa, na realidade não é somente de Matosinhos, mas de toda região de São João Del Rei, realiza-se no Bairro de Matosinhos, porque quem a trouxe eram devotos do Senhor Bom Jesus, vindos de Portugal.
      Como antigamente aqui no Brasil, lá na cidade de Matosinhos, em Portugal, comemora-se até hoje, o dia do Senhor de Matosinhos em conjunto com o Divino Espírito Santo. Tudo indica que a Igreja Católica Apostólica Romana, no Brasil, preocupada com o destaque do lado profano da festa do Divino, fez com que as autoridades eclesiásticas suprimissem a festa, como aconteceu no Bairro de Matosinhos, e desvinculasse uma da outra. Felizmente, hoje, a igreja, inteligentemente, aproveita a freqüência sadia dos fiéis, para pregar o evangelho imprescindível a todos nós.
      A verdade é que não podemos deixar de resgatar o lado festivo, folclórico, artístico, cultural e histórico da festa, já que o homem não é uma ilha, vive de tradições e quem não conhece sua história, não sabe de onde veio e nem para onde vai. É um homem sem identidade.
      Entendo que alguma coisa pode ser mudada na festa, para atender a evolução das coisas e o progresso natural, impossível de ser estancado. Por exemplo; naquela época, para acompanhar a procissão do imperador perpétuo, Santo Antônio, que sai da igreja de São Francisco, o meio mais fácil de locomoção era a cavalo, hoje substituído pelo automóvel, motocicleta e bicicleta. Os números artísticos tais como; cavalhada, lutas entre mouros e cristãos, hoje praticamente não existem mais, são substituídos por shows de palco, etc.
      O dia maior da festa, 3 de junho, coincide com o dia de Pentecostes, 50 dias após a páscoa, dia da descida do Divino Espírito Santo sobre os apóstolos. A solenidade de Pentecostes sempre foi um dos grandes momentos de fé, de crescimento espiritual e comunitário. Devemos aproveitar estes momentos para mantermos viva a fé, o amor e a união do nosso povo e também despertar em todos nós a consciência da importância da preservação de verdadeiros valores culturais da nossa gente.
      Divino Espírito Santo descei sobre nós. Iluminai nossos caminhos e nossas cabeças para termos forças para carregarmos nossas cruzes.

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EDITORIAL AGO/2001
      Feliz da região que possui uma FUNREI (Fundação de Ensino Superior de São João Del Rei). Acabo de participar do Seminário "A Qualificação Profissional em Cultura e Turismo para Conselhos e Organismos Municipais", inserido na programação do Inverno Cultural. Diga-se de passagem excelente ferramenta para se criar e implantar atrativos turísticos nas cidades da nossa região. Infelizmente nem todas as cidades da região mandaram representantes, mesmo as inscrições sendo totalmente gratuitas. Lá se falou do turismo sustentável, ou seja; aquele que é sustentado com os atrativos da própria cidade. Muito inteligentemente os organizadores do Seminário montaram grupos de trabalho, compostos por diversificada gente, inclusive do meio rural. Depois de ouvirem especialistas do ramo falarem sobre artesanato, preservação de Ecossistemas, fazendas antigas, agricultura orgânica rural, indústria caseira e muito mais, os participantes tiveram mais recursos para montarem suas idéias e seus programas. Tudo isso fica ainda mais fácil, quando é apoiado pelos grandes projetos turísticos da Secretaria de Estado do Turismo, tais como; - Trilha dos Inconfidentes, Estrada Real, Fazendas Mineiras, Ecolago e cidades temáticas, sobre os quais falou-se nos mínimos detalhes e o que é mais importante, a SETUR-MG, facilitando e orientando a implantação desses projetos. Participaram dos grupos de trabalho, representantes das cidades de São João Del Rei, Barroso, Ritápolis, Coronel Xavier Chaves, Conceição da Barra e Lagoa Dourada. O Seminário contou também com ilustres visitantes das cidades de Poços de Caldas, Barbacena, Ouro Preto, Belo Horizonte e São Paulo.
      Outra grande colaboração que o festival deu para a região são as oficinas com média de 40 horas aula ao custo médio de R$20,00, treinamento esses que se realizado fora do festival pagar-se-ia no mínimo R$200,00.
Este ano a FUNREI disponibilizou 52 oficinas, 2 seminários, 18 eventos de música erudita, 20 de música popular, 7 exposições, 18 artes cênicas, 10 sessões de cinema e vídeo, 4 lançamentos de livros, 1 observação de astronomia, 1 parede artificial de escalada esportiva e 1 rapel.

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EDITORIAL SET/2001
      No dia 31/08/2001 a ASMAT (Associação dos Moradores e Amigos do Grande Matosinhos) completou dois anos de efetiva existência. Nestes dois anos criamos o jornal "O GRANDE MATOSINHOS" editado 23 vezes ininterruptamente, através do qual reivindicamos obras junto à prefeitura, emitimos opiniões em defesa da população do Grande Matosinhos, de São João Del Rei e região, abrimos espaço para publicações gratuitas de entidades beneficentes, divulgamos projetos explícitos para melhoria do Grande Matosinhos e região, como foi o projeto da Estação de Chagas Dória e seu entorno (ed. 09, jul/2000), projetos do Pronto Socorro e Sersam (ed. 12, out/2000), cobrança insistente da verba de 37 mil reais para a implantação da Policlínica de Matosinhos (ed. 05, mar/2000), cobrança de diversas obras inacabadas, tais como a ponte para a Escola do PIO XII, asfaltamento da rua Amaral Gurgel, abertura da Avenida Sete de Setembro com Jesus Silva, atrás da Matriz de Matosinhos, asfaltamento de diversas ruas e muito mais. Encaminhamos recentemente 25 reivindicações ao Senhor Prefeito Municipal, secretário de obras, Diretor geral do DAMAE e vereadores, quanto à prioridade de obras indicadas pelas lideranças do Grande Matosinhos. Estamos atualmente reivindicando prioridade para a implantação do PSF (Programa da Saúde da Família) no Grande Matosinhos e trabalhando para o embelezamento e organização da Praça de Matosinhos.
      Começa dia 05 de setembro e vai até o dia 14, o Jubileu Do Sr. Bom Jesus de Matosinhos que neste ano, além das cerimônias religiosas, vem acompanhado de diversas atividades recreativas e culturais. Acompanhe nesta edição a programação dos eventos do Jubileu e a verdadeira história do Senhor de Matosinhos.

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EDITORIAL OUT/2001
      2001 foi escolhido como o ano internacional do voluntariado. Os sócios da ASMAT, ou seja; aqueles que preencheram o cadastro de associado, são denominados nos estatutos da nossa entidade como "sócio voluntário", exatamente para configurar a intenção de ajuda, colaboração e prestação de serviços voluntários. No Brasil o número de voluntários é muito pequeno, se comparado com países do primeiro mundo e o quadro torna-se ainda mais deprimente se analisarmos que aqui o trabalhador aposenta muito cedo. Muitos dos nossos aposentados preferem freqüentar diariamente mesas de jogos e botequins, a prestar serviços para instituições de caridade, associações de bairro, igrejas ou agremiações. Por exemplo; para ajudar a ASPD (Associação São-joanense de Portadores de Deficiência), que esteve fechada por estes últimos meses e reabriu no mês de agosto pp. ainda capenga para continuar funcionando e para resolver difíceis e caros problemas de dívidas trabalhistas, necessariamente não precisa ser deficiente físico. Solicitados que fomos para intermediar a situação da ASPD pelo atual presidente e por um membro do Conselho Fiscal, demos o nosso parecer e o assessor jurídico da ASMAT se colocou à disposição, mas até o fechamento deste editorial parece que o novo grupo dirigente da ASPD dispensa a ajuda do nosso advogado e é contrário ao nosso parecer, o qual pode ser lido na seção de cartas na página 2.
      No dia 02 de setembro pp. tivemos eleições para a nova diretoria da ASMAT e como não apareceu nenhuma chapa concorrente, a única chapa registrada foi eleita por mais dois anos, sendo os elementos que dirigirão os destinos da ASMAT até 2003 os citados no expediente desse jornal. Nestes dois últimos anos reivindicamos e enfrentamos todos os problemas trazidos para nós, às vezes com sucesso, às vezes com insucesso, ou ainda pendentes. Conseguimos fechar o balanço da última gestão com um saldo aplicado em poupança no valor de R$1.768,73 (Um mil setecentos e sessenta e oito reais e setenta e três centavos).

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EDITORIAL NOV/2001
      Do dia 04 a 08 de outubro uma carreta transportando uma peça de moinho, fabricado na Usimec da cidade de Ipatinga, para uma fábrica de cimento em Ijaci, cidade próxima a Lavras, tumultuou o trânsito no bairro de Matosinhos. Por cinco dias outras carretas, cegonheiras, carros, ônibus urbano, interurbano e de turistas tiveram que se virarem para conseguir atravessar o bairro, além de arrebentarem cabos de telefone e de energia elétrica. É o que sempre falamos, o trânsito do Grande Matosinhos é com todo o respeito, comparado ao da Índia, onde vacas, motocicletas, bicicletas e demais veículos se misturam com o povo e com outros animais. O pior é que um abaixo assinado já foi entregue na administração passada ao Sr. Waldomiro Carazza, responsável pelo trânsito em nossa cidade e até hoje nada foi feito com exceção da pintura de faixas, que na realidade são desrespeitadas, constituindo uma afronta para quem o fez e para a vigilância de quem deve coibir infrações de trânsito. Já dissemos por dezenas de vezes, que o trânsito da Av. Josué de Queiroz só se resolve com mão única. Vamos ver quem vão ser os responsáveis pelas futuras mortes no trânsito do Grande Matosinhos.
      No dia 17 de outubro às 10:30 horas fui estacionar meu veículo na avenida Tancredo Neves defronte ao número 281A, espaço delimitado por placas de estacionamento rotativo. Enquanto preparava para dar marcha ré, um mototaxista ignorantemente estacionou na vaga que eu ia estacionar meu veículo, bem no meio do espaço, ocupando com uma moto o espaço de um carro e disse-me que aquele era local reservado para as motos da Del Rei Mototaxi. Depois de muito bate boca fui embora pensando que se houvesse um código de postura atualizado, se houvesse uma rígida fiscalização por parte da prefeitura municipal e dos vereadores, tudo isso poderia ser evitado. Agora pergunto: Será que a administração pública forneceu alvará para empresa de mototaxi trabalhar no já tumultuado trânsito da Av. Tancredo Neves? Se não bastassem as barracas de lonas amarelas no meio dos jardins da principal avenida de São João, agora teremos que conviver com mototaxi tumultuando o trânsito e também ocupando vagas de estacionamento rotativo? Meus caros administradores, o erro é humano e só erra quem trabalha, porém, o maior erro é permanecer nele.

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EDITORIAL DEZ/2001
      Estamos no final do ano de 2001. Muita coisa boa aconteceu neste ano na nossa cidade, mas poderia ser ainda melhor. Nosso prefeito Nivaldo asfaltou dezenas de ruas, retirou o assoreamento do córrego do Lenheiro, a Funrei instalou novos cursos e com isso criou novos empregos e irá receber novos alunos que gerarão novas receitas para nossa cidade, tivemos boas notícias referentes ao nosso parque de exposições, ou parque do trabalhador, conseguimos verba para a reforma do nosso teatro municipal, melhoria da atuação da Câmara Municipal, aprovando projetos de leis municipais do interesse público e fiscalizando mais, bem como democracia na escolha do presidente do Conselho Municipal de Saúde. No Grande Matosinhos tivemos o embelezamento da entrada da cidade via trevo do Elói, desobstrução da Av. Sete de Setembro com Jesus Silva, atrás da matriz de Matosinhos, crescimento da Festa do Divino com a presença do cantor Chico Lobo que deu show na festa para cerca de 10.000 pessoas e muitas outras realizações que no momento fogem da lembrança do limitado editor.
A falta de prioridade na reforma da estação ferroviária de Chagas Dória por parte da FCA (Ferrovia Centro Atlântica) foi um fato lamentável, mas que com a ajuda do povo, do prefeito municipal e do repensar da própria FCA, este nosso rico patrimônio histórico e arquitetônico ainda poderá ser recuperado, pois é inadmissível que num belíssimo e bucólico trajeto ferroviário de São João a Tiradentes, o turista veja imagens tão deploráveis como as da estação de Chagas Dória e seu entorno e a própria população do Grande Matosinhos fique sem um espaço cultural e sem a prestação de serviços públicos como, por exemplo, a instalação de um mini PSIU nas dependências da própria estação. Faltou ainda para nossa cidade implementar projetos turísticos (veja coluna Turismo & Cia na página 2), bem como projetos para atrair novas empresas, principalmente com relação a nossa riqueza natural, tais como calcário, quartzo, areia e outros, e o aproveitamento da nossa rica mão-de-obra têxtil. Por fim temos que fazer de tudo para mantermos em nossa cidade a fábrica Brasil, que milhares de emprego gerou no século passado e ainda continua gerando.

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EDITORIAL JAN/2002
      A ASMAT esteve representada por seu presidente, no II Seminário de Preservação Ferroviária, realizado no SESC de Grussaí (RJ), de 07 a 09/12/2001. Lá tivemos a oportunidade de apresentarmos e defendermos o nosso Projeto de Recuperação da Estação Ferroviária de Chagas Dória, localizada no bairro de Matosinhos. Na oportunidade estavam ao nosso lado o Administrador do Complexo Ferroviário de São João Del Rei, Sr. Berenício, o representante da ACI Del Rei e da Turistrem regional, Sr. Artur Monteiro Coimbra, a representante da Diretoria de Turismo da ACI Del Rei, Ana, a estudante de turismo são-joanense, Cristina, e o conterrâneo Diretor da Estrada de Ferro do Corcovado (RJ), Sávio Neves Filho. O Seminário foi realizado pelo Movimento de Preservação Ferroviária (MPF), Associação Brasileira de Operadoras de Trens Turístico-Culturais (ABOTTC) e SESC/MG. O coordenador do evento, Prof. Victor Ferreira ouviu atentamente a exposição do nosso projeto, apoiou incontestavelmente o projeto e chamou a atenção das autoridades sobre estações ferroviárias abandonadas, a prejuízo do patrimônio nacional, no momento em que o povo precisa de educação, cultura e de locais para prestação de serviços públicos. Sávio Neves falou que a estrada de ferro do corcovado dá lucro, transporta cerca de 500 mil turistas por ano e em conversa particular disse que um teleférico em São João daria certo e ele próprio se coloca à disposição para ajudar. O consultor de turismo cultural Luís Renato Ignarra falou que a maioria das escolas de turismo só pensam em graduar seus alunos e são incapazes de realizarem pesquisas para o engrandecimento de seus alunos, dos cidadãos e de entidades voltadas para o turismo. O presidente do Conselho de Turismo de Além Paraíba (MG), expôs os projetos turistico-culturais da sua cidade.
      Com relação à licitação de transportes urbanos em São João, a lei 8666/93 de licitações e contratações é clara quando fala que o administrador da licitação, que neste caso é o prefeito municipal é quem responde por ela legalmente e judicialmente. Tenho também como concepção que a concorrência entre mais de uma operadora, como acontece nas grandes e médias cidades, traz benefícios em termos de qualidade dos serviços e preços.
Finalmente não poderia deixar de registrar que no dia 12/12/2001, São João recebeu o 2º maior presente da sua história, com a aprovação pela Câmara dos Deputados da transformação da FUNREI em Universidade. O 1º foi quando a mesma se transformou em fundação federal. A Funrei possui atualmente cerca de 3000 alunos, 181 professores e 243 funcionários técnico-administrativos e oferece 13 opções de curso superior, quatro de especialização e um de mestrado.

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EDITORIAL FEV/2002
      De parabéns a Ferrovia Centro Atlântica na pessoa do Sr. Berenício Administrador do Complexo ferroviário São João Tiradentes e sua diretoria, que mesmo paleativamente mandou pintar e prover de iluminação noturna a estação ferroviária de Chagas Dória no Bairro de Matosinhos, para qual nós da ASMAT vimos incansavelmente lutando para que nela seja implantado o nosso projeto de recuperação.
      Não teremos desfile de Escolas de Samba este ano em São João Del Rei. É uma perda muito grande porque a apresentação de uma Escola de Samba é uma das artes mais completas. Nelas temos história, música, teatro, coreografia, figurino, dança, artes plásticas, conjunto, harmonia, etc. Sempre defendi a idéia de que a prefeitura municipal deve dar a metade da verba de um desfile e as Escolas devem fazer cada uma a sua outra parte. Para uma Escola de Samba que já tem os instrumentos básicos de uma bateria, fantasias guardadas para que possam ser modificadas e no mínimo três carros alegóricos, usando de criatividade, pode-se fazer um belo trabalho orçado em R$25.000,00. Isso significa que se a prefeitura municipal der R$12.500,00 ela vai estar fazendo a parte dela. É uma perda lamentável, porque a maioria do povo sãojoanense é geneticamente um povo voltado para a alegria, artes e criatividade. É uma das poucas oportunidades em que todos se unem para apagar as mágoas deixadas por um árduo ano de trabalho. Temos que frisar que o carnaval de São João Del Rei é o único do Brasil que dura 12 dias. Normalmente ele começa numa sexta-feira, com uma semana de antecedência, com gritos de carnaval, bailes do Havai, etc. e termina na quarta-feira de cinzas 12 dias após. Temos uma tradição única em São João que são os blocos que saem de 2ª a 6ª feira, antes do carnaval, cada um com suas características. Estes blocos é que esquentam as caixas, os tamburins e o povo, para a chegada do verdadeiro carnaval. Portanto, todo o apoio tem de ser dado a estes blocos, inclusive apoio financeiro.

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EDITORIAL MAR/02
      O maior risco que nós são-joanenses corremos quando não se tem Escolas de Samba no nosso carnaval é a perda da criatividade e do aperfeiçoamento no tocante a música, teatro, artes plásticas e do laser. Eu que já fui presidente de Escola de Samba e militei durante 3 anos na AESBRA (Associação das Escolas de Samba, Blocos e Ranchos Carnavalescos) sei o quanto é importante para o nosso povo o carnaval com Escolas e Blocos. Por exemplo; - os blocos característicos que começam a sair no sábado que antecede o verdadeiro carnaval, os quais hoje é que estão segurando o nosso carnaval, são oriundos de antigas Escolas de Samba ou de antigos integrantes que tomaram gosto pela brincadeira e com isso, hoje, São João Del Rei até que me provem em contrário é a única cidade brasileira que tem um carnaval com 12 dias. Também com Escolas e Blocos o comércio local é alavancado com o incremento nas vendas de materiais e serviços tais como; tecidos, sapatilhas, adornos, instrumentos musicais e mão de obra de costureiras, marceneiros, serralheiros, etc.
      Outro assunto em destaque no momento é a grande quantidade de sites na Internet divulgando nossa cidade para o mundo. O próprio carnaval, a historia da cidade, como chegar, aonde hospedar e aonde comer podem ser vistos muito bem explicados e em fotos claras e nítidas por quem acessar pelo menos o jpnoticias.com.br, o geocities.com.br, o guiavirtual.com.br, saojoaodelreirg3, o site pessoal do Alexandre Rivetti, Henrique Cintra e outros mais. A partir da edição de fevereiro/2002 este nosso singelo jornal pode ser visto também no mundo inteiro, todo dia 1º de cada mês, no site jpnoticias.com.br
      Integrantes do Bloco Vamos a La Playa transportaram piscinas plásticas, sombrinhas e cerca de 30 mil foliões acompanharam o bloco (foto jpnoticias).

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EDITORIAL ABR/2002
      Mais uma vez vamos voltar a estação ferroviária de Chagas Dória, no bairro de Matosinhos. Desta vez é sobre o polêmico alambramento (cercamento) da mesma. Tanto o administrador do complexo ferroviário São João a Tiradentes, Sr. Berenício Carvalho como o Dr. Luís Jardim, assessor da FCA (Ferrovia Centro Atlântica) me contataram. Segundo eles o alambramento se deve ao fato do risco de novas invasões da estação e solicitação de alguns moradores (vejam nosso jornal de fev/2002, seção Cartas) no sentido de evitar o uso da estação para encontro de casais, uso de drogas e banheiro a céu aberto. No princípio do ano a FCA pintou o prédio e colocou iluminação, mas segundo o Berenício com a estação aberta depredadores estão quebrando as lâmpadas, o que configura mais uma razão do seu alambramento. O alambramento vai ter um portão que ficará fechado 24 horas e um morador vai ficar com a chave para acender as lâmpadas à noite.
      Prosseguindo Dr. Luís Jardim sugeriu que a ASMAT lhe encaminhasse cópia aprovada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) do projeto de recuperação da estação, para que a FCA o enviasse ao liquidante da RFFSA (Rede Ferroviária Federal), a fim de que esta fizesse a concessão do imóvel. Em contato com Roberto Maldus, representante local do IPHAN, o mesmo me disse que o projeto oficialmente deveria ser encaminhado a ele pelo proprietário do imóvel que é a RFFSA. Finalmente Roberto Maldus concordou em dar uma olhada no projeto sem que o aprovasse oficialmente para que a FCA pudesse encaminhar o projeto. Na verdade o que eu acho de tudo isso é uma inacreditável falta de vontade política para resolver uma questão que é a utilização do imóvel pelo povo, um imóvel que encontra-se ocioso e sendo depredado.

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EDITORIAL MAI/2002
      Inicia-se dia 10 de maio e vai até o dia 19 a já famosa e resgatada Festa do Divino Espírito Santo da Paróquia do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, cidade de São João Del Rei. Nesta edição encontra-se encartado o Informativo do Jubileu, que traz a história resumida da festa, bem como sua programação completa. Na cidade portuguesa de Matosinhos de onde surgiu a devoção ao Senhor de Matosinhos esta festa é comemorada juntamente com a do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, culminando no dia de Pentecostes. Aqui no Brasil também era assim, porém há pesquisadores que alegam que o desmembramento se deu por motivo de incoerência entre os festejos religiosos e o profano. Esta festa é comemorada na matriz de Matosinhos porque os portugueses que aqui chegaram, instalaram a igreja de Matosinhos e juntamente com ela implantaram a festa nos moldes da de Portugal. Naquela época o lado profano da festa era comemorado com base em cavalhadas (simulação de lutas entre os mouros e os cristãos). Toda região das vertentes e Zona da Mata de Minas mandavam representantes para festa. Hoje estas cavalhadas existem em pouquíssimas cidades do Brasil. Aqui na nossa festa estas cavalhadas foram substituídas por congadas, que abrilhantavam as festas do império. Na página 4, coluna "Cartas de um outro Matosinhos", a historiadora portuguesa Isabel Lago conta detalhes desta festa na sua cidade portuguesa.
      De parabéns a cidade de São João Del Rei por ganhar uma Universidade Federal, onde todo nosso país também ganha por contar com mais um grande estabelecimento de ensino nesta categoria. A FUNREI, antigo nome da Universidade, que já era uma escola federal passa agora a ter vida própria e sendo assim, condições de operá-la da forma que melhor convier. Nosso reconhecimento também a todos aqueles que direta e indiretamente contribuíram para a efetivação deste marcante e histórico acontecimento, nas pessoas do deputado Aécio Neves e do reitor Mário Neto Borges.
      Quiça reivindiquem também para São João Del Rei as comemorações do dia de Tiradentes. Afinal ele nasceu aqui e na nossa região viveram nada menos do que 11 inconfidentes que sonhavam libertar o Brasil de Portugal.

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EDITORIAL JUN/2002
      Das históricas, harmoniosas e românticas construções que contornavam a praça Senhor Bom Jesus de Matosinhos restam apenas a abandonada estação ferroviária de Chagas Dória de 1908 e o chafariz da Deusa Céres, hoje desativado, construção italiana de 1887. Lá se foram também o Pavilhão de Exposições de 1913, o prédio que abrigava o patronato, o cruzeiro do século XIX, o casarão atrás da igreja e, bem perto da praça, destruíram o famoso Pontilhão das Águas, que serviria hoje como ponte para a colônia do Marçal, e todo o ramal ferroviário. Infelizmente o que temos hoje são barracas e trailers de mal gosto, sem esgoto e sem ética. Temos uma praça aberta para os boys darem cavalos de pau com seus carros e motos. A ASMAT fez projetos para recuperação da estação de Chagas Dória, mas não teve vontade política para executá-lo. A ASMAT também fez reuniões com representantes dos demais bairros do Grande Matosinhos, para organizar o trânsito, com a presença do responsável pelo trânsito na cidade, polícia militar e corpo de bombeiros, endossado por abaixo-assinados, e nada aconteceu até agora. O prefeito Nivaldo Andrade tem me dito que arrumará a mencionada praça e que ouvirá a ASMAT, porém há cerca de um ano passamos idéias para o setor de urbanização da prefeitura, estivemos até mesmo conversando com a arquiteta que dizem que ficou incumbida do projeto, mas até esta data, a não ser um croqui desenhado sem medição, eu não vi mais nada. Esperamos do prefeito Nivaldo, que, a bem da verdade tem realizado bastante obras na cidade, execute nossos projetos, pois, afinal, todos eles são em benefício do povo. A recuperação da estação ferroviária prevê um atendimento descentralizado por parte da prefeitura, bem como a idéia de deixar espaço para Caixas Eletrônicos Bancários na praça economizará em muito o tempo e o dinheiro da passagem de ônibus para todos.
      Quanto a privatização do DAMAE, eu particularmente sou a favor, para termos uma água bem tratada e recursos financeiros para a expansão da atual rede de água e esgotos. Aliás, não cabe ao governo municipal, estadual e federal possuir empresas e sim planejar, organizar, controlar, comandar e manter. Os empregados que hoje trabalham bem no DAMAE, logicamente serão aproveitados pela empresa terceirizada, do contrário só trabalharão no vermelho.

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EDITORIAL JUL/2002
      O economista Edmar Bacha, um dos criadores do Plano Real, criou a expressão "BELINDIA", (junção morfológica de Bélgica com a Índia para retratar o Brasil). Na verdade, nosso país ora parece a Bélgica ora parece a Índia. A Bélgica, pais de primeiro mundo, com pequenas dimensões territoriais, renda per-capta altíssima, elevado índice de cultura, localizada no noroeste da Europa com cerca de 10 milhões de habitantes. Neste contexto está a avenida Paulista, os bairros denominados Jardins em São Paulo, a beleza da zona sul do Rio de Janeiro, as grandes obras como a usina hidrelétrica de Itaipu, parte da BR 040 e 381 e os nossos shopping center.
Do outro lado está, respeitosamente, a Índia, com uma população de aproximadamente 1 bilhão de habitantes, com grandes dimensões territoriais, renda per-capta baixíssima, alto índice de analfabetismo, desemprego e muita pobreza.
      Dito isso, posso dizer que da Bélgica sobrou para São João Del Rei a nossa musicalidade, nossos ilustres políticos, nossa rica história e a nossa estrema alegria de viver e divertir. Mas parece-me que sobrou para nós são-joanenses, mais da Índia do que da Bélgica: - sobrou para nós os ridículos traillers e barracas espalhadas pela cidade, o trânsito da avenida Josué de Queiroz em Matosinhos, muito parecido com o da Índia, onde mistura-se vacas, cavalos, bicicletas, motocicletas, carros, ônibus, caminhões e carretas. Sobrou para nós em São João como em todo o país a pobreza de grande parte da população em que os governos federal, estadual e municipal vêm tentando resolver.
      A Secretaria Municipal do Bem Estar Social, comandada pelo Araújo, vem esforçando ao máximo para cadastrar a nível municipal as famílias carentes, com o objetivo de melhorar as condições de vida dos nossos irmãos carentes no tocante a vale alimentação, vale gás e bolsa escola. Este é um programa do governo federal com a participação dos órgãos municipais de assistência social em que se propõem uma melhoria de condição de vida dos mais necessitados. No caso do Grande Matosinhos este cadastramento esta se realizando na sala de catequese, que se encontra atrás da matriz do Senhor Bom Jesus de Matosinhos.

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EDITORIAL AGO/2002
     
No dia 15 de julho pp. me dirigi à Secretaria de Assistência Social da Prefeitura Municipal de São João Del Rei, no intuito de perguntar ao Senhor Secretário como andava o cadastramento das famílias carentes, projeto federal que prevê a distribuição de bolsa alimentação, bolsa escola e vale gás e que muito irá contribuir com a distribuição de renda no nosso fraterno país. O mesmo me respondeu que o cadastramento estava parado por falta de formulários. Na oportunidade perguntei-lhe também qual é o critério para distribuição de cestas básicas para as famílias carentes da nossa cidade e o mesmo me respondeu que bastava entrar na fila que se forma defronte a prefeitura para recebê-la. Tentei fazer com que ele percebesse que o critério como está é ultrapassado e pessoas inescrupulosas que nem tanto precisam de cestas básicas estavam recebendo-as, e outras famílias carentes moradoras na periferia da cidade não tinham recursos financeiros para pagarem passagem de ônibus do seu bairro para a cidade e nem saúde para se deslocarem à pé até à prefeitura. Num lance de histerismo e de rara falta de educação o senhor secretário de forma totalmente despreparada disse-me aos brados que eu estava fazendo perguntas inescrupulosas e chamou-me para conversar lá na rua, parecendo que queria brigar comigo. Eu disse a ele que não ia conversar lá fora porque fui na sua secretaria para tratar de assuntos da sua pasta, ou seja; assistência social e sendo assim gostaria de ser atendido dentro daquela casa. Alias, é importante registrar que o mesmo me atendeu sentado em cima de uma mesa, na recepção da sua secretaria. Feito esse registro gostaria de colocar nossa seção de Cartas & E-mail à disposição do Senhor secretário Antônio Araújo, para que possa se defender da maneira que melhor lhe convier.
      Segundo informações obtidas, para se ganhar uma cesta básica de alimentos é necessário entrar na fila, a qual é formada durante a madrugada, pegar uma senha (bilhete), ir na Secretaria de Assistência Social, carimbar a senha e posteriormente se dirigir a um supermercado conveniado e pegar a cesta básica. Muito mais racional seria a Secretaria de Assistência Social cadastrar com mais urgência as famílias carentes, comprovar a real necessidade da família e entregar a cesta básica mensalmente nas residências.

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EDITORIAL SET/2002
      Terminou dia 25 pp. o 5º Festival de Gastronomia de Tiradentes, onde todas as pousadas ficaram lotadas tanto é que tiveram que recorrer a casas de moradas para aluguel. Cerca de 4 mil turistas vieram, compraram comida de 4 a 165 reais o prato, chefes de cozinha franceses, italianos, chilenos, bolivianos, baianos e outros mais estiveram na histórica cidade de Tiradentes fazendo comida e ensinando a cozinhar. Este, como Halley Davison, Festival de Cinema e Semana Santa são sem dúvidas os que mais trazem turistas com alto poder aquisitivo para a região. O Turismo rentável é aquele cujo o turista fica pelo menos 3 pernoites numa cidade ou numa região.
      Neste mês de setembro o Senhor Bom Jesus é comemorado festivamente e duplamente na nossa cidade através do Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos e da Festa do Senhor Bom Jesus do Monte. Ainda está para ser descoberta a razão pela qual a data destas comemorações aqui no Brasil diferem das de Portugal, legítimos descobridores das imagens primitivas do Senhor Bom Jesus. Vejam na página 2 a programação destes importantes eventos de fé e devoção.
      Dia 17 pp. Esteve fazendo comício em São João o Deputado Aécio Neves, ele que é um legítimo político com base em nossa cidade. Para mostrar seu total apoio ao Aécio também esteve no seu comício o Deputado Eliseu Resende mentor do nosso Museu Ferroviário e que frequentemente tem visitado nossa cidade, em particular entidades filantrópicas, dando inclusive total apoio a ASMAT.
      Dia 23 pp. faleceu dramaticamente o motoqueiro MAX em pleno dever da profissão, em conseqüência de desastre de trânsito em Matosinhos. MAX era muito querido por todos, casado, deixou uma filha, e a ASMAT pergunta - Quem pagará por mais esta vítima causada pelo trânsito de Matosinhos??? Já cobramos por dezena de vezes o cumprimento do que foi decidido por representantes do poder público e moradores do Grande Matosinhos, na reunião de 16/12/1999.

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EDITORIAL OUT/2002
      Dia 06 de outubro finalmente vamos às urnas para escolhermos nossos representantes. Todos os candidatos a presidente da república estão prometendo aumentar as exportações, o que realmente é a única solução econômico-financeira para o nosso país, cheio de riquezas e opções genuinamente nossas. Por exemplo; temos um território imenso, com terras de qualidade e muita mão de obra, que não estão sendo aproveitadas. Temos a maior reserva de ferro do mundo e no entanto estamos importando navios e plataformas submarinas, não investindo em produtos acabados e não gerando assim empregos para os brasileiros. Muitos produtos brasileiros estão sendo escoados pelas grandes fronteiras internacionais sem recolher impostos e o inverso também é verdadeiro, ou seja; muitos produtos estão sendo contrabandeados tirando muitos empregos. Para aumentarmos nossas exportações temos que procurar parceiros que comprem nossos produtos em todo o mundo, inclusive e principalmente para ALCA (Livre Comércio da América Latina). O país que não exporta é como uma grande família que não arrecada, cujos filhos estão desempregados e conseqüentemente vivem de empréstimos ou de ajuda externa. Na área de turismo temos o seguimento ecológico, onde possuímos a maior reserva florestal do mundo, lindas cachoeiras, chapadas e serras e estamos promovendo muito pouco este segmento. Temos as mais bonitas praias do mundo e temos sol o ano inteiro. Para se ter uma idéia da nossa estagnação na área de turismo, a Argentina recebe mais turistas do que nós.
      Quanto aos novos governadores, a eles caberão principalmente trabalharem para aumentar a segurança dos cidadãos em consonância com atualização do código penal brasileiro, nomeação de comandantes de confiança e punição severa daqueles que se deixam vender para facilitar o crime e a fuga de presídios. A eles também caberão abrirem frentes de trabalho e facilitarem a instalação de novas industrias. A eles também caberão diminuírem a corrupção que já virou moda entre nossos governantes. Aqui no Brasil não se administra dinheiro público sem "tirar o dele".
      Quanto aos nossos representantes no Congresso Nacional (Câmara e Senado) e na Assembléia Legislativa não há duvidas de que teremos de escolher gente nossa, gente da nossa terra ou quem já fez algo por ela.

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EDITORIAL NOV/2002
      Felizmente, São João Del Rei volta a ter força total no cenário político nacional com a eleição de Aécio para o governo de Minas, Reginaldo para a Câmara dos Deputados e Sidinho para a Assembléia estadual. Agora, temos tudo para alavancarmos nosso desenvolvimento econômico, social e político e ter a cidade dos nossos sonhos. O mais importante é que já está tudo pronto. Querem ver?
A aceitação do complexo ferroviário "São João Tiradentes" por ambas as prefeituras, e se dentro desse espaço, incrementássemos a realização de eventos artísticos, culturais e de negócios criaríamos dezenas de empregos. Os projetos para o real aproveitamento do complexo já existem.
A constituição de uma equipe regional de desenvolvimento turístico, para atacar o já existente projeto "Trilha dos Inconfidentes", criaria centenas de empregos na região, aumentando a receita das nossas cidades.
A Universidade Federal, com a criação de novos cursos, demandariam novos professores, auxiliares e novas infra-estruturas. O IPTAN já criou novos cursos e se ajudado poderá criar muito mais. O SENAI, que no dia 13 de outubro comemorou 50 anos, tem ministrado diversos cursos profissionalizantes.
São João seria a cidade dos nossos sonhos se na área de educação e lazer colocássemos para funcionarem nossos ginásios e quadras poliesportivas. Os ginásios, quadras nos maiores bairros, o CAIC, e até um estádio de futebol municipal já existem.
      Como em poucas cidades temos: teatro municipal, coreto para realização de retretas e conservatório de música.
      São João seria a cidade dos nossos sonhos se tivesse o trânsito mais organizado, marcação de consultas médicas nos postos de saúde por telefone, afinal, hoje em dia, temos praticamente um telefone público em cada quarteirão da cidade.
São João seria a cidade dos nossos sonhos, se o poder público municipal, aproveitasse as idéias de grupos voluntários e ONGs municipais, que nada cobram e geram idéias brilhantes em prol da nossa cidade.

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