HISTÓRIA REGIONAL

COLUNISTA - JOSÉ CLÁUDIO HENRIQUES


O CHAFARIZ DE SÃO FRANCISCO
(Fotos de autores desconhecidos).

            Em 21/07/1871 o mestre canteiro José Moreira da Silva, morador no Rio de Janeiro, local da assinatura do contrato, é contratado para a obra do adro da igreja, tendo como representante da Venerável Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Antônio José Dias Bastos. Abaixo vê-se na foto nº 1 a igreja sem os balaustres, na foto nº 2 a igreja com balaustres, aparecendo à direita da rua uma edificação já demolida.
Na foto nº 3 aparece o chafariz de São Francisco, quando não existia água encanada na cidade. Na foto nº 4 aparece a igreja sem o chafariz e com várias edificações sobrepondo a edificação constante da foto nº 3. A foto nº 1 foi tirada entre1871 e 1880.
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Foto 1 - Igreja sem balaustres                                                           Foto 2 – Igreja com balaustres
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Foto 3 - Chafariz na frente da mureta da igreja              Foto 4 - Retirada do chafariz.
sdsIgreja de São Francisco com pequenas palmeiras e sem ruelas.

- Em 01/09/1871 dá-se inicio aos trabalhos;
- Em 20/04/1872 coloca-se a primeira pedra no adro;
- Em 1880 começa a colocação da balaustrada de pedra de lioz, vindas de Portugal (José Gaede);
- Em 26//02/1881 a parte principal do adro foi finalmente inaugurada;
- 1884 a obra do adro foi definitivamente encerrada.

 

O grande historiador são joanense Sebastião de Oliveira Cintra registra em suas Efemérides (1982), que a 28/11/1750 a Câmara Municipal delibera mandar construir um chafariz, que se localizaria “dentro do cercado que havia feito o Dr. Paulo da Mata Duque Estrada, da outra parte do córrego desta Vila” (corresponde ao sitio da igreja de São Francisco), sendo que a 08/12/1750 João Batista de Almeida arremata por 60  oitavas de ouro a construção da citada fonte pública. O tanque, todo coberto, teria 6 palmos de comprimento, 4 de largura e 4 de altura, devendo apresentar alicerce de pedra com boa segurança e duas bicas de ferro. Tudo indica que o chafariz se localizava no Largo de S. Francisco, no final da Rua Dr. Balbino Cunha.

Continua Cintra, dizendo que em 1768 um edital do Senado da Câmara proíbe lavagem de roupa no chafariz do Largo de S. Francisco, nas proximidades da Rua Balbino da Cunha. Os infratores, quando forros, sofreriam pena de 8 dias de cadeia e pagariam 2 oitavas de ouro. Os cativos seriam açoitados no pelourinho,
pagando seu senhor 2 oitavas de ouro. Seria o mesmo chafariz de São Francisco?
José GAEDE (1988), afirma também que em 05/08/1826 o Senado da Câmara concede a Venerável Ordem Terceira de São Francisco uma pena d’água, para seu lavabo na sacristia, somente da água que vem do chafariz construído junto à igreja da mesma Ordem. Em 12/8/1827 Manoel Joaquim Francisco de Matos pagou pelo serviço da canalização da água ao lavabo, 254 alcatruzes, 38$100 réis, incluindo 254 tubos ou manilhas, para a canalização da água).

 

 

 

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