COLUNISTA - JOSÉ CLÁUDIO HENRIQUES

O 21 DE ABRIL

Os são joanenses Tiradentes e Tancredo Neves (Google fotos).
       O dia 21 de abril é uma data fortemente marcante para os são joanenses. No dia 21 de abril de 1792 no Largo da Lampadosa, hoje Praça Tiradentes, onde se encontra sua estátua, exatamente à frente do Palácio Tiradentes, casa do legislativo carioca, Joaquim José da Silva Xavier de naturalidade são joanense foi enforcado como o líder do movimento intitulado “Inconfidência Mineira”. Ele que tanto lutou e angariou adeptos para que o nosso país se tornasse livre de Portugal. A hora da revolta não poderia ser outra, já que Portugal levava tudo que se produzia no Brasil, e nada retribuía. A notícia da derrama em que todos os devedores da Coroa Portuguesa deveriam sanar suas dívidas para com ela foi a gota d’água para começar um movimento, cujos principais envolvidos eram moradores da nossa Região das Vertentes. Muitos desses envolvidos, principalmente portugueses, delataram os revoltosos, os quais foram presos e encaminhados para as Colônias Portuguesas da África. A Rainha D. Maria I decretou a morte de todos na forca, porém, na última hora permutou por degredo e enforcou somente aquele que mais participou do movimento, para que servisse de exemplo. A morte de Tiradentes serviu de exemplo para todos aqueles que insurgissem contra a nação portuguesa. Trinta anos depois do enforcamento foi decretada nossa independência por D. Pedro I, no dia 07/09/1822, quando transformou o Brasil num Império. O Brasil Imperial durou 67 anos, até que forças militares brasileiras tomaram o poder e proclamaram a República Federativa do Brasil em 15/09/1889.
            Outro fato marcante foi nosso conterrâneo Tancredo de Almeida Neves, o quinto filho de uma prole de doze irmãos, nascido em 04/03/1910 e falecido em 21/04/1985.
Tancredo formou-se advogado pela universidade de Minas Gerais em 1932. Ocupou todos os cargos de uma carreira política. Foi presidente da Câmara em São João del Rei de 1935 a 1937, deputado estadual de 1947 a 1951, deputado federal de 1951 a 1953, Primeiro Ministro de 1961 a 1962, deputado federal por mais quatro mandatos de 1963 a 1979, senador de 1979 a 1982, Governador de Minas Gerais de 1983 a 1984 e em 1985 foi eleito presidente do Brasil, sem poder tomar posse dado a um quadro agravante de diverticulite (doença do intestino), que o levou à morte, conforme informou seu médico são joanense Dr. Diomedes Garcia de Lima.

Nota: Cronologia foi retirada do livro “Tancredo Neves: a trajetória de um Liberal”, de Vera Alice Cardoso Silva e Lucília de Almeida Neves Delgado.