HISTÓRIA REGIONAL

COLUNISTA - Francisco JosE dos Santos Braga


A CORRENTE MIGRATÓRIA PARA A EUROPA PODE CONSTITUIR A CONCRETIZAÇÃO DE UM PLANO TENEBROSO DE 1922


Por Maria Negreponti-Delivanis
(Tradutor do texto em língua grega: Francisco José dos Santos Braga) 



O texto que segue constitui uma pré-publicação do novo livro de Maria Negreponti-Delivanis intitulado "Boa Noite Ocidente, Bom Dia Oriente

Publicado na revista Atualidades em 16/12/2017
Introdução
O texto que segue não é fruto de imaginação científica, nem pertence à categoria das teorias conspiratórias. Tudo o que se refere a ele constitui realidade do início do século passado.
Não estou convencida de que tudo o que acontece na Europa com a onda migratória e as consequências que, com precisão matemática, resultarão disso, seja efeito do correspondente plano de Kalergi. Contudo, é difícil para mim,— diria também para aquele que ler as linhas deste artigo, — perguntar-me "sobre o que precisamente significa", "o que pode estar escondido" debaixo deste indescritível drama dessas pessoas, que relação pode existir "entre o clero europeu e os prêmios Kalergi", etc.
Achei, então, que interessará aos leitores da revista "Atualidades" e, ainda, que provavelmente encoraje também uma continuação da pesquisa, de modo a se esclarecer este caso realmente curioso.

a) A concretização do plano Coudenhove-Kalergi: O genocídio dos povos da Europa¹

O plano Coudenhove-Kalergi poderia ser fruto de uma novidade fantasiosa, mas também uma conspiração para o genocídio dos povos da Europa. Em 1922, Coudenhove-Kalergi, um jovem bem dotado de procedência aristocrática, fundou o movimento "Pan-Europa" em Viena, que aspirava criar uma nova ordem internacional, centrada na união da Europa, e sob o comando dos Estados Unidos. A unificação europeia constituiria o primeiro passo para a criação de um governo universal. Contudo, esse plano era do conhecimento de poucas pessoas, e em seguida foi esquecido por quase um século, contudo, para os iniciados, Richard Coudenhove-Kalergi é tido, e corretamente, o fundador da União Europeia. Ainda é mínimo o número daqueles que sabem que o plano "Pan-Europa" escondia uma previsão satânica, mas também um objetivo nefasto, a respeito do futuro da Europa: o seu desaparecimento.De fato, na capa do livro "Idealismo Prático", Kalergi defende que os habitantes dos futuros "Estados Unidos da Europa" não terão relação com os antigos povos do Velho Continente, mas serão uma espécie de subhumanos que provirão de um cruzamento. Desenvolve, sem escrúpulos, a opinião de que os Europeus precisam mesclarem-se com raças asiáticas e africanas, de forma a darem em uma raça sem qualidade, que seja completamente controlada pela América, com a ajuda de uma elite aristocrática. Kalergi esclarece: "O homem do futuro descenderá de uma origem racial mista. As raças e as classes de hoje desaparecerão paulatinamente por causa da supressão do espaço, do tempo e do preconceito. A raça euroasiática-negróide do futuro, semelhante à sua aparição com os antigos Egípcios, substituirá a diferenciação dos povos e das pessoas." A supressão das nações e povos pode ser conseguida, segundo Kalergi, entre outras, também com a imigração. Precisamente, o renascimento deste plano tenebroso parece unir-se diretamente com o recente e incontrolável fluxo de imigrantes/refugiados na Europa, os quais pertencem às raças, que constituem as preferências do plano Kalergi. Mas, certas pessoas, que destestam o cheiro das conspirações, teriam possivelmente a inclinação de sustentar, e provavelmente com ar superior, que se trata de uma simples coincidência. Contudo, o plano é enquadrado por certos fatos, que já é difícil prosseguirem a serem tomados por "coincidências". Seleciono, para a conclusão desta alínea do artigo em mãos, os seguintes:
* Primeiro, em honra de Coudenhove-Kalergi, foi inaugurado o prêmio europeu, o qual é entregue a cada dois anos, a Europeus, os quais se reconhece que contribuíram para a promoção do plano Kalergi. E os premiados até hoje são: Angela Merkel e Herman Van Rompuy, duas das "peças supremas" do Clube Bildemberg. ²
* Segundo, como é conhecido, os Estados Unidos da América incentivam permanentemente a Europa, através das Nações Unidas, a acolher milhões de imigrantes, para solucionar assim o problema de baixa taxa de natalidade e de envelhecimento da sua população. Concretamente, refere-se a relatório das Nações Unidas de janeiro de 2000, intitulado "Imigração da substituição: Uma solução para a redução e o envelhecimento da população", onde é mencionado o fato que até 2025 a Europa precisará 150 milhões de imigrantes. ³  É realmente surpreendente este número preciso, que automaticamente remete, em associação também com tudo referido anteriormente, à existência de um plano premeditado. Agradeço a questão dele porque as Nações Unidas não aconselham a Europa a adotar outras soluções, como programas de apoio de famílias, análogos aos que empregam os Franceses há muitas décadas, mas ao contrário a incitam a colocar-se num programa de seu genocídio. 
* Terceiro, a seguinte manifestação de G. Brock Chisholm, ex-diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), que é referido pelo artigo em mãos, reforça as suspeitas sobre a existência de um plano tenebroso, contra a viabilidade da Europa, com base nas opiniões de Kalergi. Tal manifestação é a seguinte: "Aquilo que em todos os lugares as pessoas precisam fazer é praticarem a limitação dos nascimentos e realizarem casamentos mistos (entre diferentes raças), e isto com o objetivo de se criar uma raça una num mundo que será dirigido por uma autoridade central" (isto é, por um governo mundial).
* Quarto, finalmente, é difícil evitarem-se associações entre a provável marcha do emprego do plano Kalergi e a inclinação de certas economias europeias, dentre as quais também a da Grécia, a abolirem o ensino religioso nas escolas, a diminuírem a importância do ensino da língua pátria, ou a deformarem a história do país nos livros didáticos escolares, a desvalorizarem valores humanos básicos, símbolos nacionais e vitórias históricas que mantém o orgulho nacional e a identidade nacional.

De forma conclusiva, também ainda é difícil para quantos tentam ficar, dentro do possível, longe da relação de qualquer forma com "teorias conspiratórias", porque as consideram não sérias e não científicas , ignorarem a realidade imperiosa: que, as coisas que acontecem na Europa com a corrente migratória não controlada, se acham detalhadamente registrados no livro de Kalergi, desde 1922 na forma de votos, que já estão se realizando. Claro, não se pode excluir o argumento de que "se trata de simples coincidência" e não de um plano pré-traçado. Mas, mesmo que seja respeitável a opinião dos que recusam categoricamente reconhecer a existência de conspirações na realidade internacional, não é possível haver refutação para o fato de que precisam acontecer na Europa. Kalergi, além disso, que foi o primeiro que teve a ideia da Europa unida, propunha como seu hino nacional o hino de Beethoven, mas também sonhou com o renascimento do "Novo Sacro Império Romano". Kalergi não estava só, mas teve o apoio de importantes pessoas da sua época, que se entusiasmaram com a ideia da Europa unida. Líderes estatais, príncipes e banqueiros são citados como apoiadores e financiadores das suas ideias, enquanto depois do fim da II Grande Guerra, tanto Winston Churchill, quanto o jornal New York Times e finalmente a CIA concordaram e apoiaram as opiniões dele O plano Kalergi era e permaneceu ignorado para muitos, não por falta de interesse, mas, como parece, pela imposição de alguma espécie de censura oficiosa em torno dele. Conta-se, a esse respeito, que o livro de Kalergi é raro. Em 1990 o jornal alemão Notícias Independentespublicou um resumo do livro de Kalergi e formulou a intenção de republicar o livro, mas a polícia confiscou a única cópia que então circulava. Além disso, é curioso que o livro de Kalergi não seja citado nas páginas bibliográficas oficiais da Internet, relativamente ao movimento da Pan-Europa. 

b) Constatações paralelas e advertências sobre o fim da Europa
A combinação do envelhecimento e da baixa taxa de natalidade da Europa, aliados à impetuosa corrente migratória encontra-se na base das constatações, que não se relacionam diretamente com o plano Kalergi, mas que resultam nas mesmas consequências, a saber, no desaparecimento da Europa. Cito o seguinte trecho, que está contido no artigo de Giulio Meotti :
"A população da Europa diminui aproximadamente dois milhões ao ano, e constantemente é preenchida por população de imigrantes. David Coleman  caracteriza da seguinte forma essa substituição: A redução suicida da baixa taxa de natalidade europeia, em combinação com os imigrantes que aumentam rapidamente, transformarão a cultura europeia. A queda do ritmo de natalidade pelos Europeus nativos coincide na realidade com a institucionalização do Islam na Europa e com a renovação da sua islamificação."

Lord Sacks declarou recentemente: "A redução da taxa de natalidade pode significar o fim do Ocidente." A Europa, à medida que envelhece, já não renova as suas descendências, e no seu lugar dá boas vindas a uma migração, vinda do Oriente Médio, África e Ásia, que substituirão os Europeus nativos, e que trazem culturas com valores radicalmente diferentes, pela relação das duas raças, o poder político, a cultura, a economia e a relação de Deus com o homem.

O Cardeal Raymond Leo Burke previu que "o Islam conquistará a Europa por causa da fé e do ritmo da natalidade."

Os neoliberais, exatamente do mesmo jeito que enfrentam o problema da destruição do meio-ambiente, com idêntica atitude patética enfrentam o problema migratório: esperando a "mão invisível" restabelecer a ordem. E neste ínterim, com a projeção de alguns argumentos, que, sob condições normais, correspondem às coisas, — como, por exemplo, que a Europa precisará, no futuro próximo, de mão de obra ou que as comunidades mistas garantem qualidade de vida, — justificam o fato de que se mostrem amigáveis diante as vindas descontroladas de imigrantes.

Assim, "depois de uma geração a partir de hoje, a Europa será irreconhecível. Os povos europeus estão conscientes, em alto grau, de que a sua cultura corre perigo principalmente por uma liberalidade leviana, uma ideologia que se esconde sob a máscara da liberdade, e que tem como objetivo a demolição de todas as instituições que ligam a pessoa à sua família, os seus parentes, o seu trabalho, a sua história, a sua religião, a sua língua, a sua Nação, a sua liberdade. Esta atitude parece provir de uma inércia que conduz à indiferença para com o sucesso ou a catástrofe da Europa, para com o desaparecimento de nossa cultura, mergulhado no caos étnico, ou para com o saque desencadeado por uma nova religião que é oriunda do deserto". 

Sob o prisma de tudo quanto foi referido acima, o livre fluxo de imigrantes/refugiados deve ser visto como o último estágio, — depois da globalização e do liberalismo puro, — da marcha para o estabelecimento do governo mundial do nosso planeta. ¹

  

NOTAS  EXPLICATIVAS



¹    O artigo  foi originalmente postado no site "Identità". Mais tarde, foi traduzido do italiano e aperfeiçoado por Elefthérios Anastasiádis e reproduzido em 22/12/2012 in
http://theodotus.blogspot.com.br/2012/12/coudenhove-kalergi.html


²  Leo Lyon ZagamiReport: EU intentionally collapsing European countries with illegals-The "Kalergi Plan" started in the 70's 
Cf in https://www.infowars.com/the-kalergi-plan/

³   Postado pelo blog Theódotos em 22/12/2012: Cf in
http://theodotus.blogspot.com.br/2012/12/coudenhove-kalergi.html 


⁴  Contudo, ah!, nossa gente dança no dia-a-dia com base no seu ritmo.

⁵  O artigo foi traduzido do italiano e aperfeiçoado por Elefthérios Anastasiádis, op. cit.

⁶  Leo Lyon Zagami, op. cit.

⁷  "Europa: A Substituição de uma População", op. cit.

⁸  No seu estudo intitulado "Imigração e Mudança Étnica em Países de Baixa Fertilidade: Uma terceira Transição Demográfica".

⁹  Giulio Meotti, op. cit.

¹⁰  Maria Negroponti-Delivanis: O homicídio a sangue frio da Grécia, Fundação Delivanis e Edições Ianós, Atenas 2014, Introdução.

Fontehttp://marianegreponti-delivanis.blogspot.gr/ 


AGRADECIMENTO 


Gostaria aqui de consignar meu agradecimento ao Prof. Aléxandros Orfanídis, de Atenas, que teve a gentileza de dar-me a sugestão de traduzir o presente artigo, agregando valor e permanente atualização ao Blog do Braga, em comunhão com a intelectualidade grega. 


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